Cerca de 500 pessoas são retiradas de casas por causa de barragem - Jornal Fato
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Cerca de 500 pessoas são retiradas de casas por causa de barragem

A consultoria Warm negou a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco.


A Agência Nacional de Mineração determinou a retirada de cerca de 500 pessoas das comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, todas em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais, por causa da Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, da Vale. Os moradores saíram de casa na madrugada desta sexta-feira (08), por volta de 1h, após sirenes serem acionadas.

De acordo com a mineradora, a consultoria Walm negou a Declaração de Condição de Estabilidade da estrutura. A partir daí, a empresa começou a executar o nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração. Já a Prefeitura de Barão de Cocais disse que a Agência Nacional de Mineração ampliou para o nível 2, mais próximo da possibilidade de rompimento.

A Barragem Superior Sul está entre as dez que a Vale pretende eliminar. Ela foi construída pelo método de "alteamento a montante". Considerado ultrapassado e menos seguro do que outras alternativas existentes, ele é o mesmo usado na construção de barragens que se romperam em Mariana, em novembro de 2015, e em Brumadinho, em 25 de janeiro deste ano.

Moradores do povoado de Pinheiros, em Itatiaiuçu, Região Metropolitana de Belo Horizonte, também foram retirados de suas casas na madrugada. Ao todo, cerca de 50 famílias foram levadas para um hotel em Itaúna, na Região Centro-Oeste do estado. De acordo com a Polícia Militar, o pedido de apoio da retirada veio da Defesa Civil, que alertou para o risco de rompimento da barragem. O povoado de Pinheiros fica a 1,5 quilômetro da barragem.

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