Sensibilidade de cronista - Jornal Fato
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Sensibilidade de cronista

Tenho preocupação com o leitor, sou sincera nos meus textos, em cada crônica desvelo minha vida e minha alma, e as ofereço carinhosamente


- Foto Reprodução Web

A inspiração para meus escritos surge naturalmente, são coisas do vivido, do dia a dia e que gosto de partilhar. Muitas vezes, quando me dirijo ao computador, a crônica já foi totalmente montada na cabeça.

Tenho preocupação com o leitor, sou sincera nos meus textos, em cada crônica desvelo minha vida e minha alma, e as ofereço carinhosamente. Acredito que existe uma ligação muito profunda entre o escritor e o leitor. Talvez esteja sendo pretensiosa, mas acredito também no amor e carinho das pessoas que nos leem.

Gosto de falar olhando nos olhos dos interlocutores, de abrir minha alma para quem convive comigo. E da mesma forma nos meus escritos, é como se eu olhasse diretamente para cada leitor. Parece exagero, mas não é. Trata-se do mínimo que posso oferecer, em respeito ao ser humano que está do outro lado: familiar, amigo, colega ou simplesmente leitor, todos naturalmente amigos.

Cada escritor possui uma característica própria em seus escritos. Uns gostam de temas poéticos, outros de contar histórias, outros ainda de rememorar fatos. Citando alguns amigos, Wilson escreve de política com embasamento, Sérgio Damião fala de medicina e natureza, Regina cita fatos sociais, Paulinha defende as mulheres, e a Célia, minha cronista predileta, decidiu hibernar em Marataízes e nos deixou na orfandade. Eu prefiro tecer comentários sobre as sensações do vivido, e principalmente a defesa dos que não possuem voz, nem vez.

Não tenho nada de especial para ensinar. Apenas um amor profundo pela vida e pelo ser humano, independente de raça, cor, sexo, idade, condição financeira ou religião. Acredito que uma das grandes vantagens da maturidade foi à certeza de que não tenho nenhum tipo de preconceito.

Não pretendo ter atitude professoral, nem gosto de autoajuda, cada um tem seu caminho que deve ser respeitado. Como também eu devo respeitar cada leitor. Em cada um dos textos que redijo, vai junto um pedaço do meu coração e da minha alma. Sou uma romântica incorrigível.

Não tenho pretensões de mudar o mundo, mas, se com minhas crônicas, pelo menos um coração embrutecido pela vida se suavizar, terá valido a pena.


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