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Futuro Incerto

Que mundo é esse que vivemos onde as pessoas dão mais valor ao dinheiro do que a vida?


Que mundo é esse que vivemos onde as pessoas dão mais valor ao dinheiro do que a vida? Onde as crianças dão luz a criança.

Que mundo é esse?  Onde armas tomam lugar de cadernos e livros. Que mundo é esse?

Cadê os aviõezinhos que são brinquedos de criança? Onde a palavra craque era apenas vinculada a jogador de futebol.

Cresci em meio a brinquedos, onde minha bicicleta era um foguete, minhas bonecas princesas, os saltos da minha mãe me faziam do tamanho do prédio.

Ah! Doces memórias, doce infância! Como eram bons os doces, como era bom comer todos, sem peso na consciência.

Que mundo é esse? Onde sair de casa tornou-se um jogo de será que volto? Onde nosso lar muitas vezes se torna nossa prisão.

Que mundo é esse? Onde a brincadeira polícia e ladrão tem um novo integrante, a bala perdida, onde muitos correm e muitos deitam no chão duro e frio. Onde conseguimos encontrar nas ruas, e ao invés de em telas e filmes, zumbis e pessoas invisíveis.

Cresci e nem vi. Foi como fechar os olhos ao dormir e parecer que o dia amanhece em um mágico piscar. Como cresci? Ontem sonhava em ser heroína, hoje será que sou vilã?

Que mundo é esse?

Que mundo é esse, onde a desigualdade dói e muitas vezes bem ali no estômago. Onde o ódio parece vencer o amor.

Que mundo é esse? Onde se sabe que o futuro são as crianças e quase nada é feito por elas.

Ao olhar por minha janela, vejo ela, vejo a vida, vejo a esperança de mãos dadas com a fé. Vejo o amor e a bondade. Vejo a força em forma de mulher.

Que mundo é esse que não consigo entender? Há pais que tiram a inocência dos filhos a qual deveriam proteger. Que mundo é esse?! Eu não sei, talvez nem venho a saber. Onde viver tornou-se sobreviver.

 

 

Yasmin Pinheiro Leandro, 9º ano - Vilmo Ornelas Sarlo

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