Enquanto o presidente da Câmara ,Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, discutem qual vai ser o modelo de votação de Medidas Provisórias, senadores ligados ao Agronegócio já se articulam politicamente e tecnicamente para impedir o esperado aumento de impostos no setor por causa da reforma Tributária. 

Lembro que a tramitação da reforma Tributária começa na Câmara e só depois será aprovada ou não no Senado. Por isso, a articulação dos senadores ocorre em paralelo às atividades do grupo formal de trabalho já instalado na Câmara para discutir a reforma. 

Os deputados ainda estão na fase inicial do processo. Os senadores se anteciparam e criaram uma Comissão Informal que tem se reunido constantemente, dentro e fora do Congresso. 

Em parceria com a Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) e entidades ligadas aos produtores do campo, o grupo promete atuar firme para impedir taxações mais pesadas. 

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o setor poderá ter acréscimo de 573% na carga tributária, caso a reforma avance no Congresso da forma que está prevista tanto na Câmara como no Senado. 

É bom que os produtores acalmem o coração, porque, como disse o presidente da Câmara, Arthur Lira, hoje o governo não tem condições de aprovar uma simples projeto, imaginem uma proposta da magnitude que é a reforma tributária. 

 

Por Edmar Soares