Com o avanço da cobertura vacinal no país, o turismo voltou a crescer. E muitas pessoas que deverão tomar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, neste fim de ano e em janeiro, não estarão em seus municípios de origem, viajando com a família e amigos. Cidades litorâneas, por exemplo, preveem aumento de turistas nesse período. Mas será que estas pessoas podem vacinar em qualquer cidade do estado?

Procurados pelo FATO, a Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) informou que o Sistema Único de Saúde (SUS) é universal e atende a todos os cidadãos em solo brasileiro, independentemente de sua origem.

A Sesa ressaltou ainda "a importância de receber a dose de reforço e que ela deve ser alcançada em qualquer situação, estando o cidadão em sua cidade de origem ou não, levando em consideração o intervalo de aplicação".

No caso de viagem para outros estados, a Sesa alerta que convém ao cidadão conferir como está o esquema vacinal na localidade de destino.

De acordo com a Sesa "não há, no momento, falta de doses da Covid-19 no Espírito Santo. Os municípios que desejarem receber um quantitativo maior devem solicitar, via regional de saúde, para a Central Estadual de Rede de Frio".

Como é o caso de Anchieta, no litoral Sul do Espírito Santo, que se prepara para o aumento da demanda. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Anchieta, o turista poderá agendar para receber a dose de reforço na Sala Central de Vacina ou em uma das ESFs, de acordo com o cronograma de aplicação dos imunizantes.

Já em Presidente Kennedy, ainda não foram solicitadas doses extras, contudo a Secretaria Municipal de Saúde garantiu que se surgir a demanda vai solicitar junto à Sesa o envio de mais vacinas.

O mesmo diz a Secretaria Municipal de Piúma. Segundo a enfermeira chefe da Unidade de Saúde da cidade, Maria Helena, a princípio, não se tem um planejamento especifico ao aumento da demanda. A enfermeira explica que o município conta com a sala de vacinação de Covid que continuará aberta de segunda a sexta e que a unidade possui bastante vacina.

Veja quando tomar a dose de reforço:

A Secretaria da Saúde informa que, seguindo a determinação do Ministério da Saúde, a dose de reforço passou a ser válida a toda população de 18 anos a 59 anos que tenha completado o esquema primário (D2 ou DU) no intervalo de 5 meses. Para os idosos acima dos 60 anos, no Espírito Santo, a dose de reforço deve ser aplicado no intervalo de três meses (90 dias) após concluir esquema primário (D2 ou DU).

Para esquemas primários iniciados com imunizantes da Pfizer, AstraZeneca ou Coronavac, a dose de reforço deverá ser feita preferencialmente com a Pfizer, mas também poderá ser aplicadas doses da Janssen ou AstraZeneca, de acordo com a Sesa.

Para aqueles que iniciaram o esquema primário com a dose única da Janssen, a dose de reforço poderá ser feita tanto de forma homóloga (quando se usa o mesmo imunizante, no caso a Janssen) ou de forma heteróloga (com doses ou da Pfizer ou da AstraZeneca).

Vale ressaltar que gestantes e puérperas deverão tomar a dose de reforço da Pfizer.

Seguem definições para intervalo válido:

- Idosos acima dos 60 anos: no Espírito Santo, está definido a vacinação da dose de reforço obedecendo o intervalo de três meses (90 dias) após complementação do esquema primário (D2 ou DU);

- População 18 anos a 59 anos: após 5 meses da complementação do esquema primário (D2 ou DU);

- Trabalhadores da saúde: após 5 meses da complementação do esquema primário (D2 ou DU);

- Imunossuprimidos: a vacinação com a dose adicional acontece após 28 dias da complementação do esquema primário (D2 ou DU).