Igreja de Santo Antônio: a história de uma das igrejas mais antiga de Cachoeiro - Jornal Fato
Religião

Igreja de Santo Antônio: a história de uma das igrejas mais antiga de Cachoeiro

Dos registros de tombo da Ordem dos Agostinianos Recoletos, OAR, religiosos que administram a Igreja, podemos conhecer um pouco da história dessa Igreja


- Fotos: Diocese de Cachoeiro

Mais que um templo, a Igreja de Santo Antônio de Cachoeiro de Itapemirim é um marco na história do município. No centro do bairro, que também recebe o nome do santo, a Igreja deu início a uma comunidade.

Dos registros de tombo da Ordem dos Agostinianos Recoletos, OAR, religiosos que administram a Igreja, podemos conhecer um pouco da história dessa Igreja:

- Em 1934, consta o apontamento sobre a Igreja de Santo Antônio, com o registro de um terreno desde outubro de 1915,
- Esse terreno pertencia, à época, ao bispado do Espírito Santo (atual Arquidiocese de Vitória) e tinha sido doado pelo Sr. Antônio Vivácqua e por sua esposa Dona Etelvina Vivácqua. No local havia uma construção administrada pelos padres da Congregação do Verbo Divino, que não foi concluída e sem motivo para sua interrupção.

Adentrando ao documento, descobrimos que a doação do terreno para construção da igreja ocorreu porque o bairro era uma grande fazenda e o nome da igreja de Santo Antônio é uma homenagem ao Sr. Antônio Vivácqua, devoto do santo português.

Somente no início do mês de agosto de 1934, anos depois da doação, a Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, sob o comando do Dr. Brício Mesquita, idealizou a desapropriação de parte do terreno com fim de dar simetria ao terreno e, em seguida, reiniciar as obras para conclusão da igreja, o que ocorreu no dia 22 de setembro de 1934. Isso com a bênção do pároco - Frei Júlio Suite J. Fortunato José Ribeiro.

No de 1936 a igreja de Santo Antônio foi beneficiada pela compra de um harmônio (instrumento musical), bancos e a via sacra, mas sua construção ainda não estava concluída.

No período de término de construção da Igreja de Santo Antônio pelos Frades da Ordem dos Agostinianos, construção que durou de 1934 até 1954, a igreja Santo Antônio era utilizada para as celebrações litúrgicas e reuniões.

No dia 8 de dezembro de 1953, foi erigida a Paróquia Nossa Senhora da Consolação, desmembrada da Paróquia São Pedro (Catedral). Em agosto de 1954, foi celebrada, pela primeira vez, na Igreja de Santo Antônio, a novena de Nossa Senhora da Consolação, com solene procissão conduzindo a imagem da Mãe da Consolação da Igreja São Pedro até a Igreja de Santo Antônio.

No dia 6 de janeiro de 1955, foi instalada a Paróquia Nossa Senhora da Consolação com matriz provisória na Igreja de Santo Antônio, data também em que os Frades Agostinianos Recoletos entregaram o governo da Paróquia São Pedro ao Bispo Diocesano Dom José Joaquim Gonçalves que designou novo vigário àquela paróquia.

A Igreja de Santo Antônio serviu de sede provisória à Paróquia Nossa Senhora da Consolação de 6 de janeiro de 1955 até o dia 28 de maio de 1960. No dia 29 de maio de 1960 foi inaugurada a Igreja de Nossa Senhora da Consolação, tornando-se a Matriz Paroquial.

A Igreja de Santo Antônio permaneceu fechada desde então, sendo utilizada esporadicamente para reuniões, e somente retomou suas atividades eclesiais quando da instalação das Comunidades Eclesiais de Base e após reforma, uma vez que, em razão do tempo e pouco uso, o altar-mor de madeira foi consumido por cupins.

Atualmente, as atividades seguem ocorrendo e fazem com que o templo seja um local de encontro e de gratidão. A população e os turistas mais frequentes são participativos, principalmente idosos e crianças. Todo ano a mobilização é maior na Semana Santa e na festa do padroeiro.

 

Primeiro Altar da Igreja Sto Antônio.

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