Na medida em que as eleições municipais de aproximam, o governador Renato Casagrande é cada vez mais pressionado a definir qual será sua posição no pleito em Cachoeiro de Itapemirim, cidade gerida por seu correligionário de PSB, Victor Coelho. A situação no município é complexa. Há cinco pré-candidaturas, três delas da base aliada e uma que tem apoio de aliados. De oposição, mesmo, apenas o vereador Léo Camargo (PL).

Outra pré-candidatura que parece estar fora da possibilidade de apoio é a do advogado Diego Libardi (Republicanos), que é oposição, mas conta com o apoio do Podemos, do deputado estadual Allan Ferreira, e União Brasil, do também deputado Bruno Resende.

Restariam, portanto, três opções, Lorena Vasques (PSB), Carlos Casteglione (PT) e o deputado Theodorico Ferraço (PP).

No último fim de semana, porém, em agenda pelo sul do Estado, Casagrande ao ser perguntado pela imprensa sobre a quem daria apoio, deixou de fora Casteglione e disse que conversa diretamente com Lorena e com o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), filho de Theodorico sobre a situação em Cachoeiro.

"O Theodorico Ferraço é aliado nosso. A Lorena é aliada. Ainda estou em processo de conversa com eles. Com a Lorena estive nessa semana, conversando um pouco. Tenho conversado com Ricardo Ferrraço... estamos observando todos os movimentos para aí a gente respeitar os nossos aliados em Cachoeiro de Itapemirim", disse Casagrande.

A fala ainda não foi definitiva, mas foi a mais clara indicação dada pelo governador até agora. E, até mesmo, um pouco surpreendente.

Além do apoio do prefeito Victor Coelho, contar com as bênçãos de Casagrande é fundamental para a pré-candidata Lorena, a quem Casagrande felicitou, em vídeo, no lançamento de sua pré-candidatura.

Ferraço entrou por último no jogo, mas com recall muito forte. É ligado ao governo, principalmente por ser pai do vice-governador Ricardo Ferraço, mas que tem como pré-candidato a vice alguém que sempre fez oposição ao PSB casagrandista, o vereador Junior da Cofril, ex-PL e agora no Novo.

Por fim, a omissão do nome de Casteglione, que nutre ainda expectativa de ter da Casagrande a recíproca elo que o PT fez por ele nas eleições de 2022, quando abriu mão de ter candidatura própria ao governo para apoiá-lo.

Casagrande terá papel crucial na eleição municipal em Cachoeiro. E o resultado eleitoral em Cachoeiro - e das eleições municipais de maneira geral - também promete ter grande impacto nas pretensões de seu grupo e suas para as eleições de 2026. É aguardar para ver.