O candidato a prefeito de Cachoeiro pelo PT, Carlos Casteglione, entrou com recurso contra a decisão do juiz eleitoral Roney Guerra de indeferir o registro de sua candidatura. Suas razões ainda serão analisadas, mas o movimento já teve um efeito prático. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a inscrição "inapto" foi substituída por "concorrendo".

Casteglione diz que sua candidatura sofre perseguição, embora não diga exatamente de quem. O motivo para o indeferimento foi a rejeição de suas contas em 2016, pela Câmara Municipal. Casteglione alega que foram questões meramente contábeis, que, portanto, não ensejariam inelegibilidade. Assim como o Ministério Público Eleitoral. O juiz, porém, viu de outra maneira.

 "Na sentença, afirma-se que deixei um déficit de 27 milhões, ao final do meu mandato, em 2016. No entanto, deixei nas contas bancárias da prefeitura 80 milhões de reais, quantia comprovada por documento oficial. Então, como seria possível esse déficit?", questiona o candidato.

Segundo advogados e assessoria de Casteglione, "fica claro que o alegado erro na prestação de contas é uma falha técnica e contábil".

Casteglione reafirma que as ações contra a sua candidatura repetem o que aconteceu, há alguns anos, contra o presidente Lula, que foi preso e teve o registro de candidatura negado em 2018, mas, quatro anos depois, livre das acusações, se elegeu presidente novamente. "Estamos lutando pelo nosso direito de participar das eleições de forma justa e também pelo direito do cachoeirense de escolher e votar em nosso projeto" afirma o candidato.

Sua campanha, afirma, continuará nas ruas de Cachoeiro, com caminhadas confirmadas em diversos bairros, ratificando para a população seu compromisso e seu plano de governo para Cachoeiro.