A Polícia Civil prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (9), dois irmãos, suspeitos de integrar facção criminosa do Rio de Janeiro, com atuação em Presidente Kennedy, no litoral sul do Espírito Santo. Eles tentavam estabelecer célula da facção ADA no município do litoral sul capixaba. A ação desarticula quadrilha que promovia o tráfico interestadual de drogas entre os dois estados, com operações, também, nos municípios de Barra de Itabapoana e São Francisco do Itabapoana, no norte fluminense.

A operação denominada Expurgare ocorreu em cumprimento a três mandados de prisão e dois de busca e apreensão. A polícia divulgou apenas as iniciais dos envolvidos. Foram presos a suspeita W.F.P., líder da facção ADA em Barra de Itabapoana-RJ, seu irmão M.P.F.P. Segundo a polícia, ele assumiu a venda de drogas para a facção desde a morte do pai deles, Willian Machado Paz, e da prisão de J.S.C, em 5 de janeiro. Tanto a morte quanto a prisão ocorreram na localidade de Marobá, também em Presidente Kennedy.

Participaram da operação equipes da Delegacia de Polícia de Presidente Kennedy, com apoio das delegacias de Marataízes e Itapemirim, juntamente com a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

 

INVESTIGAÇÃO

A investigação da Polícia Civil teve início após a prisão de J.S.C. e descobriu que ele se associou aos irmão presos nesta quinta, visando a venda de narcóticos no Espírito Santo. W.F.P. já comandava o tráfico para ADA em Barra de Itabapoana desde a prisão de sua mãe, ocorrida em 21 de dezembro 2022, em Marobá.

A partir das negociações de ambos com o líder da ADA em São Francisco de Itabapoana-RJ, conhecido como "Buldogue", este passou a fornecer drogas para o Estado do Espírito Santo e se tornou o líder da associação criminosa desbaratada pela Polícia Civil de Presidente Kennedy, conforme foi apurado.

"Buldogue" se encontra preso na Penitenciária de Gericinó (RJ), mas comanda o tráfico de drogas por meio de telefone celular. Ele é conhecido pela violência que imprime contra seus adversários em São Francisco de Itabapoana. Contra ele também foi expedido mandado de prisão preventiva.

 

ACUSAÇÕES

Todos os presos responderão por tráfico de drogas e associação para o tráfico, majorado pelo tráfico interestadual, já que as drogas vendidas em Marobá eram fornecidas por traficantes do Estado do Rio de Janeiro.

Buldogue segue preso no Estado do Rio. M.P.F.P. foi preso na sua casa, em Marobá, e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Marataízes. Já W.F.P. foi presa na Rua do Dil, em São Francisco de Itabapoana, pela Polícia Militar do Rio de Janeiro e foi levada para o Centro Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim.