Divulgado número de vítimas fatais de trânsito que usaram álcool ou drogas - Jornal Fato
Polícia

Divulgado número de vítimas fatais de trânsito que usaram álcool ou drogas

Foram analisadas amostras de sangue de 162 vítimas, e em 69 foram detectadas a presença de álcool, maconha, cocaína e/ou anfetaminas


- Foto: divulgação/PCIES

A Polícia Científica do Estado do Espírito Santo (PCIES), por meio do Laboratório de Toxicologia Forense (LABTOX), constatou que, no primeiro trimestre deste ano, 42,6% das vítimas fatais de acidente de trânsito haviam consumido álcool e/ou drogas ilícitas antes do sinistro. Foram analisadas amostras de sangue de 162 vítimas, e em 69 foram detectadas a presença de álcool, maconha, cocaína e/ou anfetaminas.

Nos últimos 5 anos, em quase metade das vítimas fatais de acidente de trânsito foi possível identificar algum tipo de substância que altera a capacidade cognitiva.

Os exames realizados no LABTOX, constaram o uso de álcool e drogas:

em 290 (46,2%) das 628 vítimas do ano de 2019

em 305 (48,0%) das 635 vítimas do ano de 2020

em 254 (44,0%) das 577 vítimas do ano de 2021

em 329 (48,1%) das 684 vítimas do ano de 2022

em 327 (47,5%) das 689 vítimas do ano de 2023

 

Impacto das Substâncias no Organismo

De acordo com a perita oficial criminal Mariana Dadalto Peres, chefe do LABTOX, foram utilizadas amostras de sangue, e os exames realizados são capazes de identificar álcool, cocaína, maconha e anfetaminas. Substâncias que alteram a capacidade cognitiva, a capacidade de reação, os reflexos das pessoas, o que pode contribuir para a ocorrência de acidentes.

"A capacidade do álcool em prejudicar a capacidade de dirigir é conhecida há mais de um século. O álcool prejudica as habilidades cognitivas, diminui a capacidade de reconhecer e reagir a mudanças de circunstâncias, além de aumentar reações de agressividade. A cocaína e as anfetaminas são drogas estimulantes e o prejuízo está associado aos efeitos estimulantes e de euforia, culminando em distrações ao motorista, além do aumento de velocidade, perda de controle do veículo, comportamentos de risco e prejuízo no controle de impulsos. A maconha diminui a capacidade de dirigir, aumenta o tempo de reação, prejudica a noção de tempo e espaço, afeta a coordenação motora e diminui a capacidade de manter vigilância", detalhou a perita.

As amostras analisadas são de indivíduos que faleceram em acidentes de trânsito em todo o Espírito Santo. Isso inclui motoristas, passageiros, pedestres, ciclistas e motociclistas. O levantamento também não especifica se a pessoa que veio a óbito foi a responsável pelo acidente.

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