Familiares e amigos de fazendeiro assassinado realizam manifestação - Jornal Fato
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Familiares e amigos de fazendeiro assassinado realizam manifestação

Objetivo de mobilização no centro de Cachoeiro é chamar atenção para caso; vítima, de 71 anos, foi morta a tiros quando buscava gado que atravessara cerca de fazenda vizinha, cujo dono, apontado como autor, está foragido


- Fotos: Marcos Leão e Ramon Barros

Amigos e familiares do fazendeiro Marcos Pacífico Vieira, morto a tiros no último dia 13, na localidade de Olho D'Água, distrito de Coutinho, zona rural de Cachoeiro de Itapemirim, promoveram um protesto no fim da tarde de hoje (06), no centro da cidade. 

Os manifestantes estavam reunidos na Praça Jerônimo Monteiro, em frente ao Centro Cultural Palácio Bernardino Monteiro. Posteriormente, partiriam em passeata em direção à sede do Ministério Público no município, no bairro Independência.

 

 

Apontado como autor dos disparos, o dono da propriedade vizinha, identificado como Ricardo Robson Altoé, de 67 anos de idade, teve a prisão preventiva recentemente decretada e está foragido.

A vítima, que tinha 71 anos de idade e era pessoa estimada na localidade, de acordo com relato de testemunhas, buscava gado que havia atravessado a cerca em direção à fazenda vizinha quando foi alvejado à queima roupa por quatro tiros. 

Seu filho, Bruno Vittorazzi Vieira, disse, à reportagem do ES de FATO, que o motivo foi fútil, não houve nem discussão. 

 

 

A parente Alessandra Costabeber acrescentou: "a justiça está sendo feita, queremos agora a prisão do assassino".  

Em cima de um carro de som estacionado em frente à Praça Jerônimo Monteiro, ela discursava, emocionada, expondo ao público a "crueldade" do caso.  

Também pecuarista na região de Olho D'Água, Antônio Lourival Carari, é testemunha do crime. 

Ajudava Marcos Pacífico a buscar os animais que haviam fugido para a fazenda de Ricardo, quando presenciou o assassinato do amigo.  

"Ele descarregou o revólver calibre 22 à queima roupa. Deu seis tiros, dois mascaram", relata Carari. 

Os parentes e amigos da vítima esperam contar com a colaboração de todos para que a polícia possa encontrá-lo.

 

 

 

Investigação

A Polícia Civil divulgou que o inquérito, a cargo da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) local, foi concluído em 19 de agosto, com o indiciamento do suspeito por homicídio qualificado e a representação pela sua prisão preventiva.

Delegado responsável pelo caso, Felipe Vivas declarou que a motivação para o crime não ficou clara, sendo considerada totalmente desproporcional. 

"Pegou todos de surpresa, não houve um motivo aparente. O suspeito teria perguntado à vítima se queria vender suas novilhas. E, ao receber uma negativa, reagiu de forma violenta", esclareceu.

Informações sobre o paradeiro do suspeito podem ser compartilhadas de forma sigilosa por meio do Disque-denúncia 181. 

 

 

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