Lideranças apoiam a criação de universidade federal na região - Jornal Fato
Educação

Lideranças apoiam a criação de universidade federal na região

A emancipação do Campus de Alegre pode dar origem à Universidade Federal do Vale do Itapemirim. MEC enviará proposta ao parlamento


Evair de Melo defende que já há maturidade para que o sul do Estado tenha universidade federal própria - Foto: Divulgação

A emancipação do campus em Alegre da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) pode, enfim, acontecer. Em 2015, o deputado federal, Evair de Melo, apresentou ao Ministério da Educação (MEC) a indicação para transformá-la em Universidade Federal do Vale do Itapemirim (UFVI). Nos próximos dias, o MEC deve enviar ao Congresso a indicação de cinco novas universidades, entre elas, a UFVI. Uma carta de apoio à iniciativa foi assinada por lideranças da região.

"A criação é prerrogativa do Executivo, nós fizemos a provocação em 2015, pela INC 827, dela para cá, fomos atendendo todas as demandas do ministério", destaca Evair de Melo.

O projeto de emancipação do campus de Alegre, inclui o Centro Agropecuário (Caufes), além do Departamento de Ciências Florestais e da Madeira, de Jerônimo Monteiro. E possibilita novos cursos gratuitos para a região. E o mais esperado é o de medicina.

Evair de Melo defende que já há maturidade para que o sul do Estado tenha universidade federal própria. Segundo o deputado, existem pareceres favoráveis da reitoria da Ufes e da secretaria Executiva do Ministério da Educação. Faltam os trâmites burocráticos que são tratados na instância da Presidência da República, onde há estudo de emancipação de alguns campi federais do Brasil. "Também havia a expectativa de São Mateus possuir universidade própria, mas faltaram alguns pré-requisitos", revela.

A existência de estruturas físicas e a desnecessidade de contratar quadro completo de novos servidores para seu funcionamento, diminui os custos para criação da nova universidade no Estado.

 

Cartas de apoio

Lideranças capixabas estão emitindo cartas de apoio ao projeto, que serão anexados ao processo de indicação que tramita junto ao MEC. Elas destacam que a medida terá repercussão positiva em todo o Estado e também no nordeste de Minas Gerais e norte do Rio de Janeiro, que fazem fronteira com o sul do Espírito Santo.

Outra justificativa é que, apesar de grande, a demanda educacional do Estado conta com apenas uma universidade federal. A UFVI, além de interiorizar a rede de educação superior federal, permitiria canalizar a vocação das unidades da Ufes de Alegre e de Jerônimo Monteiro para o desenvolvimento específico do sul capixaba.

Entre as entidades apoiadoras, está a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). O presidente da Ales, deputado Erick Musso, já encaminhou ao Ministério da Educação o documento favorável à criação da UFVI.

Nesta semana, a Prefeitura de Alegre publicou o apoio à iniciativa, que considera, além do valor educacional, "grande avanço econômico para a região sul, já que parte do campus poderá ser instalada na cidade de Jerônimo Monteiro", esclarece em nota.

A Prefeitura de Jerônimo Monteiro também se mobiliza para atender os protocolos. "Atualmente as instalações da Ufes, nos cursos de Engenharia de Madeira, já significam aumento populacional na cidade, o que gera mais consumo no comércio, novos empreendimentos, demanda de imóveis, com reflexo no setor da construção civil. Tudo isso chega à Administração Pública através das arrecadações fiscais", destaca a nota.

Em contato com o FATO, o prefeito Sérgio Fonseca, enfatiza que o olhar do município está além da questão econômica. "Temos quantitativo significativo de alunos vão estudar fora, seja por falta de cursos, recursos ou oportunidades. A ampliação da Universidade Federal irá contribuir na oferta de graduação para que esses estudantes possam se formar e continuar morando e trabalhando aqui na região".

Além de prefeituras da região sul, a Amunes, associações comerciais, sindicatos, deputados estaduais e federais também sinalizaram apoio à criação da UFVI.

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