Bolsa Família e BPC aquecem economia com injeção de milhões - Jornal Fato
Economia

Bolsa Família e BPC aquecem economia com injeção de milhões

Apenas os dois programas federais de transferência de renda representaram repasses que podem superar R$ 15 milhões mensais a carentes cachoeirenses


- Foto: Lyon Santos/MDS

Em 2023, foram direcionados mais de R$ 105,5 milhões, referentes apenas ao programa federal Bolsa Família, para 13 mil famílias cachoeirenses desprovidas. O que representa, em média, cerca de R$ 8,1 milhões mensais repassados. Em maio deste ano, o repasse foi de R$ 8.480.223.

Somado ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), garantia de um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade, o montante de recursos federais pode superar R$ 15 milhões por mês, atendendo mais de quatro mil beneficiários.

O BPC totalizou R$ 66,8 milhões no ano passado em Cachoeiro de Itapemirim. Apenas em abril deste ano, foram R$ 6.714.298,42. Além de cerca de R$ 1 milhão anual (R$ 85 mil por mês em Renda Mensal Vitalícia).

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do ex-subsecretário de Estado do Trabalho e pré-candidato a prefeito, Carlos Casteglione, que recentemente concedeu entrevista ao Fato Podcast (disponível no Youtube).

A dimensão da importância dos repasses provenientes de programas de transferência de renda para a economia local é destacada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município.

Presidente da entidade, Celso Costa reforça que o recurso vai direto para o consumo, pois trata-se de dinheiro para sobrevivência destas famílias carentes.

"São recursos de suma importância, que movimentam a economia do município. Se for analisar, em termos da renda da Prefeitura de Cachoeiro, que tem receita anual de R$ 1 bilhão, representam mais de 15% do PIB", reconhece.

Na análise de Costa, os programas de transferência de renda não exercem influência na inflação. "Porque é dinheiro para sobrevivência, consumo básico, por isso não gera impacto".

Pesquisa realizada pelo Banco Mundial mostra que o Bolsa Família, por exemplo, influencia positivamente não apenas o consumo, mas também a geração de empregos, o número de contas bancárias e a arrecadação de impostos.

Conforme o estudo, a cada US$ 1 investido, o programa devolve mais de US$ 2 para a comunidade local.

Parte do retorno gerado pelos investimentos em programas de transferência de renda, portanto, acaba suplantando os mais pobres, beneficiários diretos.

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