Cinco meses após o escândalo financeiro por conta de irregularidades bilionárias em seus balanços, a Lojas Americanas, enfim, admite que houve fraude.

E alega que a culpa é da diretoria anterior. A gigante varejista está em recuperação judicial por conta de um rombo de dezenas de bilhões de reais comunicado no início deste ano.       

Segundo a companhia, o caso é investigado por um comitê independente. O objetivo dos fraudadores seria mascarar os resultados operacionais da companhia, incrementando-os artificialmente.

Para especialistas, o escândalo mancha a até então ilibada reputação dos acionistas de referência da varejista - Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira. Figurando entre os cinco homens mais ricos do Brasil, são sócios da 3G Capital, gestora - além da Americanas - da mega cervejaria multinacional  AB InBev, entre outras companhias.  

 

Processo

Desde a divulgação do rombo em suas contas, o valor das ações das Americanas desabou. O que motiva um processo movido por investidores minoritários contra a varejista e o bilionário trio acionista de referência.

Os gestores, porém, colocam em prática um plano de reestruturação. Por ele, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira acordaram ficar um período de aproximadamente três anos com restrição na venda de ações da companhia. O que anima o mercado. No momento do fechamento da matéria, no meio da tarde desta terça-feira (13), as ações da Americanas sofriam alta de 10%.