Hino do Liceu Muniz Freire é resgatado - Jornal Fato
Cachoeiro

Hino do Liceu Muniz Freire é resgatado

Letra criada em 1946 por Deusdedit Baptista ganha nova melodia e grupo de ex-alunos e ex-diretores se reúne para gravação com apoio de coral


- Marcos Leão

Tradicional colégio público da cidade, em funcionamento desde a década de 1930, que marcou profundamente gerações de cachoeirenses, o Liceu Muniz Freire tem o seu hino resgatado. 

Escrita pelo icônico professor Deusdedit Baptista, em 1946, quando era diretor da escola estadual, a letra da canção foi mantida pelo maestro Adilson Dillen, responsável pelo novo arranjo.

No fim da tarde de hoje (25), o Coral Vozes de Cachoeiro se uniu a ex-alunos e ex-diretores em uma produção musical no pátio do Liceu para a gravação em vídeo da nova roupagem do hino.  

A iniciativa partiu do grupo de ex-alunos, explica Matheus Persici, que estudou no colégio no período de 1969 a 1972. 

"Todo mundo se juntou para poder gravar o hino do Liceu, que estava esquecido na memória de todos. É sempre uma emoção muito grande, são lembranças, imagens, histórias". 

Ex-diretor do colégio, por dois mandatos, nas décadas de 1970 e 1980, o professor David Alberto Lóss considera que o Liceu Muniz Freire ficou marcado em sua vida. 

Lembra que na época, era uma das quatro escolas públicas de ensino médio de todo o Espírito Santo, atendendo 2,4 mil alunos em Cachoeiro de Itapemirim. 

O encontro de hoje o fez lembrar de quando, em 1975, levou a banda marcial do colégio para o festival da Record, em São Paulo, em quatro ônibus, conquistando o segundo lugar no Brasil.  

"Fui baliza, nadadora, o que o Liceu oferecia eu estava dentro", conta Marilene de Batista Depes, que revela ter sentido "muita tristeza" quando concluiu o ensino médio e saiu do colégio. 

Mas poucos anos depois, felizmente, voltaria como professora. "As minhas recordações daqui são todas maravilhosas, sou apaixonada por essa escola", declara. 

 

 

Para a integrante do Coral Vozes de Cachoeiro, a fotógrafa Márcia Leal, que frequentou o colégio nos anos 1990, "o Liceu é história, é Cachoeiro, não tem como pensar em Cachoeiro sem falar do Liceu". 

Ela recorda as amizades que conquistou, o carinho com que era tratada e até mesmo o pastel da cantina, além do então diretor na sua época de estudante, João Pinto, "uma pessoa maravilhosa".

Márcia considera o "momento maravilhoso". E conclui: "não sei nem como expressar isso, estou muito feliz, aprendi muito aqui". 

 

 
 
 
 
 
 
 
Cachoeirense Ausente Nº 1
 
Cachoeirense Ausente Nº 1 de 2024,  Écio Barbosa Fraga - que chegou à terra natal ontem para abrir a programação da festa da cidade - prestigiou o evento organizado no Liceu Muniz Freire nesta terça-feira.  






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