Calunga: conto da princesa que virou boneca é encenado em Guaçuí - Jornal Fato
Cultura

Calunga: conto da princesa que virou boneca é encenado em Guaçuí

Espetáculo busca inspirar crianças com história de princesa destemida, cuja jornada a leva a descobrir verdadeiro significado da coragem, amizade e amor; origem celebra vínculos ancestrais entre Brasil e África


- Divulgação

Com o objetivo de promover a cultura afro-brasileira na região do Caparaó, a companhia Mais um ponto mais um conto estreia, na próxima segunda-feira (27), o espetáculo infanto-juvenil Calunga: A princesa que virou boneca, no Teatro Fernando Torres, em Guaçuí, com entrada gratuita, a partir das 8h da manhã.

Calunga: A princesa que virou boneca remonta a história de uma princesa destemida, Calunga, cuja jornada a leva a descobrir o verdadeiro significado da coragem, amizade e amor através da tradição oral e como utilizar seus dons para coisas boas. Até que algo inesperado acontece e para cumprir sua missão ela é transformada em boneca. 

Sua origem celebra os vínculos ancestrais entre Brasil e África. No Brasil, Calunga é uma figura presente nos elementos da cultura popular afro-brasileira, com conexão direta entre o Maracatu, festejado na região nordeste brasileira, e vem se associar ao Congo capixaba através da Lenda da Casaca, que aqui também é contada.

Com diferentes linguagens artísticas, como a oralidade, dramatização, dança, bonecos, projeções e músicas, a Mais um ponto mais um conto pretende mostrar de forma leve e lúdica a história da boneca Calunga e da Casaca. 

Eliane Correia, criadora do espetáculo, explica que a história revela a realidade de incontáveis crianças que foram separadas de suas famílias no período escravocrata e vieram trazidas para o Brasil ou deixadas abandonadas em África. 

"A partir da nossa pesquisa histórica, através de depoimentos, da dança, musicalidade e ludicidade, queremos recontar Calunga para despertar o pertencimento cultural e validar histórias de luta, resistência e vitórias também de crianças pretas. Promovendo o protagonismo infantil diante de suas raízes ancestrais. Este espetáculo é uma celebração da imaginação, da amizade e da bravura, e mal podemos esperar para compartilhar essa história emocionante com crianças e famílias de todas as idades".

 



Sobre as inspirações do projeto

Calunga: A Princesa que virou boneca é uma produção inédita, desenvolvida para valorizar a igualdade da cultura afro-brasileira sob a perspectiva de um olhar do próprio negro, a valorização do Griô e o reconhecimento do seu fazer enquanto multiplicadores da cultura de um povo. Colocando a história, leitura e a literatura negra em destaque como uma das bases fundamentais para a construção de sociedade cultural. 

A Mais um ponto mais um conto busca enaltecer a tradição do Congo capixaba, para que as crianças criem conexão com a cultura espíritosantense e que se sintam protagonistas dessas narrativas.

O espetáculo é um projeto viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo Seleção de Projetos Culturais das Infâncias, da Secretaria de Estado da Cultura. Além da apresentação, o projeto também pretende oferecer uma palestra ao público, revelando o processo criativo, história concepção e montagem, com a equipe do espetáculo, propondo uma aproximação das crianças e o fomento da história, cultura e pertencimento.



Ficha Técnica:

Dramaturgia: Eliane Correia

Direção: Ronny Pires

Elenco: Caio Pereira e Eliane Correia

Intérprete de Libras: Dani Lino

Coreografia: João Batista Ferreira de Moraes

Animação: Bruno Cabús

Bonequeiro: Dudu Guimarães

Iluminação: Carlos Olla

Sonoplastia e Trilha Original: Eliane Correia

Concepção de Arte e Registro: Wallace Dias

Assessoria de Imprensa: Taynara Barreto



Serviço:

Calunga: A princesa que virou boneca

Ensaio aberto

Dia: 26/05

Horário:16 horas 

Local: Teatro Municipal Fernando Torres

Estreia 

Dia: 27/05 

Horário: 8 horas

Local: Teatro Municipal Fernando Torres



Acessibilidade

O projeto disponibiliza um intérprete de libras para tradução simultânea e fones bloqueadores de ruídos para que pessoas autistas possam assistir de maneira confortável, além de óculos para portadores de hipersensibilidade visual, proporcionando assim a acessibilidade, para que haja equidade no acesso aos bens culturais.

 

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