Banda 26 de Julho precisa de ajuda - Jornal Fato
Cultura

Banda 26 de Julho precisa de ajuda

Histórica sociedade musical cachoeirense está restaurando sede com apoio da Prefeitura e solicita auxílio à comunidade para compra de material de construção


- Divulgação

Exemplo do patrimônio histórico e cultural cachoeirense, a sede da Sociedade Musical 26 de Julho, que acaba de completar 92 anos, está sendo restaurada com apoio da Prefeitura Municipal.  

O imóvel, situado no bairro Basileia (Rua Pedro Estellita Herkenhoff, nº 22), encontra-se em condições precárias e desativado há tempos, por colocar em risco a segurança de músicos e alunos.

A Prefeitura de Cachoeiro disponibilizou uma equipe de trabalho para tocar a obra, formada por pedreiro, pintor, eletricista, bombeiro hidráulico e, inclusive, engenheiro.

O projeto prevê dois banheiros: além do masculino, um feminino com acessibilidade. Também estão previstas, entre outras melhorias, a troca de todas as janelas e a substituição das instalações elétricas.  

A intervenção começou pelo telhado. Mas, para dar continuidade, a tradicional sociedade musical está pedindo ajuda à comunidade para a compra de materiais, orçados em cerca de R$ 40 mil. Interessados podem doar qualquer quantia pelo Pix 05052499000102. Mais informações: (28) 99881-4411.

 

 

 

Festa

Por conta dos problemas na estrutura da sede, há seis anos que os ensaios são feitos na própria casa do presidente da Banda 26 de Julho, Cláudio Bernabé Teixeira.

A ligação dele com a sociedade musical é bem antiga: aluno quando criança, toca trompete e participa da 26 de Julho desde 1981.

 

 

Bernabé lembra dos alegres tempos dos ensaios abertos ao público na histórica sede. Era sempre uma festa para a vizinhança, segundo ele. E importante porque despertava o interesse da criançada para a música, para aprender a tocar um instrumento gratuitamente na sociedade musical.  

Na sua residência, porém, Bernabé lamenta a falta de possibilidade de abrir para a comunidade. O objetivo, segundo o presidente da 26 de Julho, é de que a restauração, com o apoio da sociedade, seja concluída até novembro.

Para, assim, retomar os ensaios abertos e poder capacitar até 50 alunos, gratuitamente, com aulas teóricas e práticas, de todo os tipos de instrumentos de sopro: trompete, trombone, saxofone, clarinete, tuba, etc.   

 

 

História

A sociedade musical foi fundada em 26 de Julho de 1931, por um grupo de ferroviários que, desprovidos de local adequado para o lazer, se reunia nos dias de folga para tocar. Uma família da região, a Sant'Anna, doou o terreno para que fosse construído um salão para eles ensaiarem. Até hoje o local é a sede da 26 de Julho.

Eis os fundadores: Félix Mange, Manoel Sabino, Manoel Amaro, Salvador Batista, Manoel Alexandre, Oswaldo Batista e Geraldo Silva.

O nome da banda é uma homenagem à família Sant'Anna, já que 26 de Julho é Dia de Nossa Senhora Sant'Anna, avó de Jesus.

A sociedade musical trata-se de uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, que vive atualmente exclusivamente do esforço de seus músicos. A banda se apresenta com cerca de 20 componentes em festas religiosas, desfiles cívicos escolares e em eventos particulares.

 

 

Em 2023, por exemplo, recepcionou o Cachoeirense Ausente Nº 1, participou da alvorada e do desfile cívico no Dia de Cachoeiro, além de animar a festa da Praça Vermelha e fazer o tradicional encerramento do baile de gala.  

 

 

 

Cidadania

Cachoeiro, reitera Cláudio Bernabé, é uma referência nacional quando o assunto é música, já que é a terra do rei Roberto Carlos. Mas que vive hoje uma carência na parte cultural quando o assunto é instrumento de sopro, aponta o presidente da banda.

 

O objetivo da 26 de Julho, como escola de música, é oferecer aulas gratuitas para a população mais carente, dando oportunidade aos jovens de ter na música mais uma opção de profissão, além de ocupação durante o dia, fora do horário de aula.

 

Por Marcos Leão 

 

 

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