O Artesanato está Presente
Que Cachoeiro e Sul do Espírito Santo são habitados por grande gama de bons artesãos
Que Cachoeiro e Sul do Espírito Santo são habitados por grande gama de bons artesãos, isso sabemos, mas quando encontramos frente à frente com o trabalho de algum deles e descobrimos que não o conhecíamos, mais e mais nos surpreendemos com nossa riqueza.
Artesãos temos, falta-nos política de maior profundidade e de longo prazo, com busca de resultados específicos, a fim de que a atividade artesã seja fator de enriquecimento local e referência permanente para nós da terra e para os que nos visitam, de forma a fazê-los e fazer-nos crer que sempre deve-se voltar a esta terra em busca de realidade cultural difícil de encontrar noutros lugares.
Nos últimos tempos, tal política de profundidade e longo prazo, ainda que incipiente, está se apresentando, senão em ritmo veloz, ao menos em ritmo que autoriza esperanças.
E isso não acontece só por acontecer. Vez por outra, e cada vez com frequência maior, vemos aparecer artesãos e artesãs que nos encantam por seus trabalhos, como é o caso de Ivan Sarandy, cachoeirense que está com exposição no Bernardino Monteiro, casarão histórico na Praça Jerônimo Monteiro, ocupado hoje pelo Executivo, mas com sala razoável de exposições - a Sala Levino Fanzeres.
Para além do artesanato em metal que nos apresenta, principalmente, Sarandy nos dá texto expressivo, pregado na parede da Levino Fanzeres. Faz crer, a mim, ao menos, que ao lado do artesão se apresenta cronista de primeira linha; por isso abro espaço para ele expor-nos como chegou aqui, em sucesso fulminante.
Com a palavra Ivan Sarandy, a partir daqui abrindo aspas para ele:
- "Olá! Me conheça um pouco. Me chamo Ivan Sarandy. Nasci no século passado em Cachoeiro de Itapemirim. Sou casado, minha esposa se chama Nilziene e temos um filho que se chama Guilherme.
Creio em Deus, mas não sigo nenhuma religião. Amo todas as criaturas, cachorro, gato, galinha, minhoca, serpentes, aranhas, ah... o mosquito eu não amo.
Quando criança já fazia animais de argila, era só brincadeira e continua sendo. Fazer esculturas não é o meu ofício, é um hobby. É trabalhoso, exige meu tempo, a matéria prima é cara e o mercado não é animador.
Não tenho formação acadêmica em artes, não fiz nenhum curso, sou autodidata, meu conhecimento sobre arte é empírico, desenvolvi meu estilo e técnica de esculpir praticando, desperdiçando matéria prima e errando muito. Não tinha internet, não tinha acesso a material impresso e nem sabia onde encontrar. Quem dominava o conhecimento não transmitia, era coisa passada de pai para filho ou para alguém muito íntimo.
Todo mundo é artista, acho que a arte tem muitos propósitos, um deles é nos tornar melhores. Você que canta, dança, escreve, pinta, desenha, toca algum instrumento, compõe músicas, faz esculturas, cozinha, sim cozinhar é uma arte, é uma alquimia; você está ajudando a melhorar a si mesmo e a alguém alcançado por seu trabalho".
Pronto, fechando aspas para Ivan, convido o leitor, melhor, Ivan Sarandy convida meus leitores para visitar sua exposição na sala Levino Fanzeres, prédio do Bernardino Monteiro, centro da cidade, nos dias e horários comerciais, até o dia 22 de março, não deixando eu, é claro, de incitar o Poder Público a disponibilizar o espaço também aos sábados, domingos e feriados, como se faz na Casa de Roberto Carlos e na Casa dos Braga. Seria o início de um novo circuito permanente, para gente da terra e turistas.
Vida longa para nosso artesanato, nossa música e nossa cultura, sustentáculos e facilitadores do conhecimento das riquezas de nossa terra.
A Vereadora Plantou a Semente
Sabe a Árvore da Chuva, aquela plantada pelo Dr. Vicente de Paula Miranda, a árvore da Pracinha dos Macacos, no Bairro Gilberto Machado? Sabe as sementes que Dr. Vicente me repassou? Pois bem, distribuí-as a diversas pessoas amigas.
Agora recebo notícia, melhor, recebo foto de uma das árvores nascida de semente que distribuí, plantada pela Vereadora Renata Fiório, em sua propriedade, acompanhada desse bilhete dela:
- "Olha o tamanho da nossa árvore. Plantei a muda!!! Estou cuidando!!!"
Que o exemplo seja seguido.
Notícias do Supremo
"22 de janeiro de 2019 - Ministro Luiz Fux defende meios de controle para combater a corrupção - O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, no exercício da presidência da Corte, defendeu que o combate à corrupção deve ocorrer através de três meios de controle:
- social,
- da mídia e
- do Ministério Público (MP).
Ele participou do painel "Combate à corrupção em um Estado Democrático de Direito", no III Fórum Jurídico, promovido pela Escola de Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf).
Para o ministro Luiz Fux, o tema do painel forma uma simbiose perfeita na medida em que Estado Democrático de Direito é o governo do povo, pelo povo, para o povo.
- "Não pode haver Estado Democrático de Direito que não combata com veemência a corrupção", afirmou. Ele apontou que o controle social se dá através de várias entidades, como a Transparência Brasil e o Instituto Ethos, de manifestações populares nas redes sociais e nas ruas, da legitimidade para o cidadão provocar o MP, e da ação popular, quando há uma lesão aos bens jurídicos.
"Já o controle da mídia pode ser resumido numa frase: quanto maior for a liberdade de imprensa, maior é o combate à corrupção. Foi a imprensa, por exemplo, que focou nos corruptores e inaugurou essa estratégia", afirmou.
O presidente em exercício do STF defendeu uma parceria entre a imprensa e os institutos de combate à corrupção para que as notícias dessa área sejam dadas de forma correta.
"Em relação ao terceiro controle, estamos vivendo agora uma atuação incansável do Ministério Público para a recuperação dos ativos e mudando a visão de que o Direito Penal é apenas para pobres e desvalidos, mostrando que ele é igual para todos. Não tem partido nem pessoas. O juiz age segundo sua independência jurídica", concluiu".
(Extraído do site do Supremo Tribunal Federal - STF)