Natal em Cachoeiro - o Comércio - Jornal Fato
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Natal em Cachoeiro - o Comércio

Precisava de um apetrecho essencial para fazer meu celular funcionar a contento


Precisava de um apetrecho essencial para fazer meu celular funcionar a contento - ele andava rateando. Varejei lojas da Praça Jerônimo Monteiro em busca dele. Entrei numa loja e pedi o equipamento. O que tinham não me agradou, queria um outro, mais completo.

- Sem problemas, informou o vendedor que me atendia. Vai até ali no ponto de ônibus, e veja na loja quase atrás dele, um pouco antes, eles devem ter. Parti pra lá. Cheguei, informei ao vendedor exatamente o que queria. Ele procurou, procurou e... não achou.

Sem problemas, já ia me retirando e o vendedor me avisou: - Vai ali na loja tal, aqui do lado, e lá certamente terá o que você quer. Uma das especialidades da loja é exatamente o que o senhor tá procurando. Se fui? Claro. E chegando lá, fui prontamente atendido. O que pedia era exatamente o que eles tinham, melhor dizendo, eles tinham exatamente o que eu queria.

Mas tem mais de compras próximas ao Natal.

Fui com Clarissa, minha filha, na Barezy, comprar um par de calças meio jeans, meio comuns, se é que isso existe - lá existe; fabricação própria, fabricação da região. A loja funciona no Bairro Gilberto Machado, na rua que passa pelos fundos da antiga ITACAR.

Lá tinha a tal calça "meio jeans, meio comum", comprei duas, o que me deixou e me deixará muito confortável em minhas idas e vindas pela cidade. Mas lá tinha outra coisa muito especial - o atendimento dos vendedores e vendedoras, mas não só atendimento de quem me vendia; também dos que estavam ao lado, esperando outros clientes chegarem. Dada a educação e a presteza do atendimento, vieram comigo, também, mais umas quatro meias e mais um cinto de couro, fabricação da... própria Barezy.

Só ai já estava bom. Mas aconteceu mais, aconteceu que fui comprar, dias antes, uma Alpargatas Roda, da qual sou fã desde criança. Produto da Alpargatas, que tem loja própria no Bairro Guandu. Outra vez fui bem atendido, trouxe minha Alpargatas, quase aquele modelo antigo que eu usava lá na Barra do Itapemirim, ao redor de meus sete ou oito anos de idade. Na volta do Guandu, a pé, parei numa loja com o estranho nome de "Metade do Preço", acho que era isso... e fui muito bem atendido, também.

Sem contar antiga lembrança que me veio, talvez de 40 anos passados. Fora comprar sapato na Loja A PRINCIPAL, de "Seo" Guilherme Guimarães, fui comprar com o vendedor do qual eu era freguês, e não me lembro mais o nome dele. Gostei demais de um par de sapatos social e já tinha me decidido a levá-lo, quando o vendedor me disse: - "Compra hoje não, amanhã esse sapato entrará em liquidação e sairá pela metade do preço".

Assustei-me, achando que o vendedor estava ali só para aumentar o lucro de seu patrão e, com isso, ter a comissão aumentada. Ainda assim, não comprei o sapato naquele dia. Deixando todas as minhas convicções de lado, voltei no dia seguinte e comprei o sapato... pela metade do preço. Isso me balançou por algum tempo, até que entendi que o vendedor estava certo e "Seo" Guilherme também estaria de acordo com a venda com desconto. Afinal, comerciantes e empregados do comércio, de modo geral, querem é freguês par a vida inteira, coisa que fui da A PRINCIPAL.. a vida inteira. Não se ganha tudo de uma vez só no comércio; ganha-se dia a dia, na fidelidade do cliente e na qualidade do empresário e de seus empregados e produto.

Lição reforçada agora, neste fim de ano, neste Natal, no qual vamos às ruas para adquirir presentes para nossos prezados.

E como o nosso comércio local me demonstrou sua especial qualidade, por tradição, sem que eu a exigisse, saúdo a comerciantes e empregados, neste fim de ano. Não só saúdo, como declaro o bom atendimento de sempre e me declaro comprador fiel das coisas aqui em Cachoeiro.

 

Gilson Figueiredo Diniz - In Memoriam

Somos frequentemente tentados a falar mal das coisas novas que, destoariam do nosso modo de ser de antigamente. Como se no "tempo antigo" estivessem fixados apenas os nossos melhores momentos, tudo o que aprendemos de melhor. Esquecidos ficamos dos momentos tenebrosos pelos quais passamos e enfrentamos por longo tempo; é como se eles não tivessem existidos - nosso passado só foi lindo!!!

Nada disso, necessariamente. Apenas selecionamos, hoje, o que queremos recordar de nosso passado e, por bem ou por mal, ocultamos momentos pavorosos de antigamente, daí que, no antigamente, só sobram coisas boas. (Ao menos é isso que derramamos nas redes sociais, como se redes sociais de hoje só servissem para o mal ausente no nosso passado. Não é nada disso não). Reclamamos com frequência de que as crianças não leem, que ficam presas ao computador (celular), embora o que devêssemos verificar seria se tal acontece porque nós, pais e avôs, é que não sabemos educar filhos e netos, no "meio-termo" que é a vida deles hoje: - um pé no papel e outro pé na nuvem.

O que está ai em cima é reflexão minha. Prometo falar dela numa próxima ocasião, vez que hoje vou me fixar na memória de amigo com o qual fiz amizade virtual - facebook. Dele só sei que morava em Vila Velha. Discretamente se apresentava como "aposentado do INPS", além de outras reflexões simples que fez, no facebook. Uma delas, o elogio à beleza de minha neta LIZ, que mora próxima a ele, em Vila Velha.

Não precisava do conhecimento próximo desse amigo, embora almejasse conhecê-lo pessoalmente. Não deu tempo - a rede social informa que Gilson Figueiredo Diniz (foto nesta página) faleceu em 06 de outubro passado.

De Gilson Figueiredo Diniz, além do elogio à neta, guardei comentário de dois anos passados, a propósito de foto das mais bonitas de Cachoeiro, que postei no face (foto nesta página). Disse Gilson, a propósito da foto tão cara a ele:

- "A primeira casa que morei, na Rua Dr. Raulino de Oliveira, de 1943 a 1948, entre dois vizinhos ilustres: Dr. Wilson Rezende e Dr. Vicente Vasconcelos, marido de Dona Sílvia, mulher linda e simpaticíssima. Em frente residência dos Caiado; uma linda casa, ao lado do Dr. Aristides Campos, ambos já na Rua Costa Pereira.

É uma saudade imensa, muita emoção. Obrigado Dr. Higner, pela postagem. Imagina minha emoção já que isto foi entre meus 8 e 12 anos. Agora (estou) com 81.

Como eu ia dizendo, o face é um bom e moderno instrumento... para quem sabe usá-lo. Descanse em paz, meu amigo Gilson, amigo para muito além do facebook.

  


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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