Fala, Mansur! XXX.XXX.XX7-XX - Que Sete foi esse? - Jornal Fato
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Fala, Mansur! XXX.XXX.XX7-XX - Que Sete foi esse?

Aprendi o significado do indigitado "7" antes dos dois números finais


Esta crônica começou a ser gestada quando fiz postagem no facebook, com esta indagação aos amigos: - "Veja seu CPF - quase todos meus amigos tem o nº 7 como nono número, antes do traço. QUEM SABE POR QUÊ?". O assunto rolou; muitos deram opiniões consistentes, a maioria absoluta não condizia com a verdade dos fatos.

Aprendi o significado do indigitado "7" antes dos dois números finais (os dígitos verificadores) em 1976, quando, em Cachoeiro, funcionário do Banco do Brasil, transferi-me do setor de Folha de Pagamento da Agência para o Cadastro - passando a ter o "portentoso" título de "Investigador de Cadastro". Confesso, estava aonde queria - saber da vida de todo o mundo - e como soube! Perguntar à vontade perguntas mais doidas e ninguém desconfiar que além do honesto trabalho de funcionário do Banco, a situação me permitia saber de coisas que pessoas "comuns", não portadores da insigne função de investigador, não podiam saber de forma direta, só em fofocas, eis que não tinham o direito de perguntar. Indiscrição de quem não fosse Investigador seria logo notada, mas a do Investigador de Cadastro investido em suas funções, nunca seria, afora o fato de quem não respondesse com seriedade às perguntas, começava mal no longo trajeto até o término da sua ficha. E não terminado o cadastro, não tinha empréstimo, não tinha cheque-ouro, tempo em que ninguém tinha o então inexistente cartão de crédito OUROCARD, que tantas portas abria a seus portadores.

Eu gostava do que fazia; via saldo médio do cliente, quanto tinha aplicado em contas, quem eram seus pais, sócios, se pagava em dia e, melhor parte, como os demais clientes do banco o viam. Um a quem eu consultava sempre era o Dr. João Athayde, figura de proa da sociedade e política locais. Todos os dias ele dava uma passadinha no Banco do Brasil (mas isso é matéria para outra divertida crônica).

Voltando à vaca fria - precisávamos de pistas concretas que servissem na análise do investigado. Se alguém fazia tal coisa, e tantos outros faziam o mesmo, fosse de bom propósito para um, seria para os demais. E vice versa - comportamentos iguais a uns e outros, poderiam indicar ser bom o banco não emprestar dinheiro aos últimos. (Vou cometer indiscrição: para identificar o bom cliente, usávamos códigos com números pares (02, 04, 06 e daí em diante); todos eram excelentes e honestos clientes. Os 01, 03, 05 e mais, nem precisava dizer: - "dimdim" do banco ficaria longe dele).

Eu, datilografando CPFs dos clientes, notei logo certa abundância de nºs 7 no último número que antecedia aos dois do digito verificador. Como papai trabalhara na Receita Federal, 7ª Região Fiscal, que abrange Rio e Espírito Santo, intui, perguntei e conclui: - todo o CPF emitido no Espírito Santo e no Rio de Janeiro tinham final 7. Quem não tivesse esse 7 no local adequado do CPF, esse era forasteiro e seria bom - como sempre foi - maior vigilância com o investigado. Essa era a função do Investigador de Cadastro - a eterna vigilância e como eu sabia disso.

 

01 01 2017 - discurso de posse como vereador

"Falarei pouco e direto ao prefeito. Ele sempre terá o respeito deste vereador, o qual não lhe pediu cargos nem pedirá e o acompanhará e sugerirá o que, republicanamente, entender ser bom para Cachoeiro. Que V. Ex.ª, visando curto e longo prazo, olhe com carinho para o sério problema da acessibilidade e da mobilidade urbana. Isso está penalizando grave e fisicamente os cachoeirenses, e ninguém está nem aí, exceto os que sofrem. Cuide dos concursos públicos, como norma. Cuide do Plano Diretor Municipal, PDM, com olhos primeiramente para o cidadão. Homem de cultura que é, valorize cultura local e regional, inclusive o folclore e o artesanato locais e seus personagens, afastando shows comerciais importados, que arrombam os cofres públicos. Isso é coisa da iniciativa privada. Olhe com carinho para as riquezas do interior do Município: turismo, agroturismo, agricultura familiar, pecuária leiteira, etc.. Cuide do Rio Itapemirim com coragem e não com as costas viradas para ele, como nesse século inteiro e no passado foi feito. Dê valor à Região Sul do Espírito Santo, pois tal valor enriquece Cachoeiro também. Recupere os pontos de visitação turísticos e culturais do Município, hoje literalmente devastados. Faça pacto republicano com a iniciativa privada, principalmente divulgando nossa produção (mármore, granito, etc.) lá fora, tendo o comprometimento da mesma iniciativa privada com o que há de mais importante no Município...".

(O que está em negrito está sendo realizado, de razoável para ótimo - o resto virou resto).

 

FRASES "GENIAIS" DE POLÍTICOS - II

LULA, Presidente - "Estou com uma dor no pé, mas não posso nem mancar, pra imprensa não dizer que eu estou mancando porque estou num encontro com os companheiros portadores de deficiência".

GETULIO VARGAS, Presidente - "A constituição é como as virgens. Foi feita para ser violada".

FIGUEIREDO, Presidente - "Todo povo é uma besta que se deixa levar pelo cabresto".

SEVERINO CAVALCANTI, Deputado - "A Câmara dos Deputados não vai ser apenas o supositório do Poder Executivo".

GEORGE W. BUSH, presidente dos EUA - "Pessoas pobres não são necessariamente assassinas".

LULA, na África - "Quem chega a Windhoek não parece que está em um país africano, poucas cidades do mundo são tão limpas, tão bonitas".

CIRO GOMES, político - "Minha companheira tem um papel fundamental: ela dorme comigo".

LULA - em 2005, discursando no Dia Internacional das Mulheres - "Espero que vocês não sejam desaforadas e não comecem a pensar logo na Presidência da República!".

GEORGE W. BUSH - "Eu estou honrado de apertar a mão de um bravo soldado iraquiano que teve sua mão cortada por Saddam Hussein".

PEDRO SANTOS, Prefeito de Montes Claros - MG - "Proibido pisar na grama. Quem não souber ler, favor perguntar ao guarda".

ROSANE COLLOR - "Vamos passar 15 dias no Egito e depois vamos ao Cairo".

ALFREDO BUZAID, Ministro da Justiça, na ditadura militar - "Não há tortura no Brasil".

FERNANDO COLLOR, Presidente - "O meu primeiro ato como presidente será mandar para a cadeia um bocado de corruptos".

PC FARIAS, amigo de Collor - "Sei bater o olho num sujeito e dizer se ele é honesto ou não".

HENRIQUE PIZZOLATO, amigo do Lula - "Meu salário de R$ 40 mil era motivo de gozação entre meus colegas, que ganhavam infinitamente mais".

MARINA SILVA, Ministra do Meio Ambiente - "Não vou ser Ministra da Jardinagem".

PAULO MALUF - "No Brasil, o político é veado, corno ou ladrão. A mim, escolheram como ladrão".

DELUBIO SOARES, do grupo do Lula - "Não existe caixa dois, existe dinheiro não contabilizado".

FIDEL CASTRO, Chefe do governo de Cuba - "Não temos presos políticos, temos presos contra-revolucionários".

(Esse conjunto de frases políticas, retirei-o de ótimo livro esgotado, "Do Bestial ao Genial", de Paulo e André Buchsbaum, Ediouro, 296 páginas, que recomendo para boas risadas. - republicação de textos de maio de 2013)

 


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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