Estacionamento Rotativo - Jornal Fato
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Estacionamento Rotativo

A questão principal do urbanismo é resolver o problema do cidadão


A questão principal do urbanismo é resolver o problema do cidadão, vez que, com isso, todos os outros problemas tenderão a serem resolvidos. Qualquer solução que fuja disso, certamente fugirá da resolução dos problemas do cidadão.

Quando inventaram o estacionamento rotativo em Cachoeiro, há tempos, resolveu-se o problema do cidadão que precisava vir à rua e não podia vir de automóvel, já que outros chegavam mais cedo e só saiam quando o comércio fechava. Além do problema sério causado ao comércio, problema maior causava ao cidadão, em benefício de poucos.

Era por conta disso, também, que eu gostava do antigo sistema de cobrança do estacionamento no centro da cidade, local com mais problemas, problemas que afetam diretamente o comércio. E gostava, também, por vários outros motivos, quais sejam: a) era explorado por hospital filantrópico da cidade; o lucro ia para a saúde local; b) os agentes de cobrança, manual, eram cachoeirenses, em maior quantidade que os atuais, o que aumentava a oportunidade de emprego do cachoeirense mais necessitado de... emprego; c) o preço era módico, e isso nem preciso justificar.

Com a "modernidade" chegou empresa de fora, que leva o lucro... para fora da cidade e Cachoeiro que se ferre. O empresário local e o hospital filantrópico se ferram também.

Não estou dizendo que o que se faz hoje esteja certo ou errado, estou "apenas" dizendo que essa modernidade acaba por ajudar a afundar a economia da cidade, tirando lucro do empresariado local, tirando salário do empregado local e muitas outras coisas que todos imaginamos quais sejam.

Diz o ditado popular, não há nada tão ruim que não possa piorar. Agora acabam de cometer um "crime" (que a reação popular, com a pandemia, ameaça findar). O que era justo, ou seja, ordenar a cidade urbanisticamente, no sentido de que todos pudessem fazer suas compras no comércio local, nas áreas mais congestionadas, transformou-se num pesadelo.

A casa do cidadão que nunca teve volume de estacionamento à sua frente, agora enriquece estrangeiros: - se não tiver garagem, que pague o rotativo o dia inteiro! A administração municipal agora quer - já determinou - colocar estacionamento pago em áreas não tanto ou nada comerciais - áreas e ruas simplesmente residenciais e o cidadão que se ferre. Será um desastre. Todo morador de ruas residenciais próximas ao centro, as terão cheias de veículos que nunca passaram ou passariam por lá, em "solução" bem longe do urbanismo de verdade que queremos.

Não se tarifa o povo e nem o prejudica, exceto no limite, limite em muito excedido, com essa novidade puramente lucrativo/comercial/estrangeira.

 

Viva o eterno Centenário da Eterna Dona Lygia!

Antonio Miranda (aluno) - Gostaria de estar presente a essa carreata do centenário da amada dona Lygia. Estou impossibilitado, sem condições de dirigir, infelizmente. Se possível, que ela saiba o quanto foi responsável pela formação de centenas, talvez milhares, de alunos que adotou como filhos e nos dava, generosamente, os melhores ensinamentos pedagógicos e as mais sublimes lições de vida.
Cem anos tenha eu, terei pouco para expressar toda a minha gratidão pelo privilégio do aprendizado com essa mulher-monumento que nos ensinava a praticar o amor ilimitado.

Com todo o meu amor, amor daquele que aprendeu com ela a superar seus tortos garranchos.

 

Dona Lygia e Exemplo... é referência

Silvio Casotti (aluno) - Dona Lygia é exemplo ... é referência. Não gosto da frase "não é assim hoje como antigamente", mas com Dona Lygia!! Exemplo de tudo. Saber... tolerância... paciência... bondade... grande exemplo de mãe... de esposa. Nunca Dona Lygia perdeu a paciência. Era calma com todos os alunos. Todos aprendiam o que lhes era ensinado. Tinha uma palavra de carinho para cada um. Era tudo que nós queríamos. Eram aulas de civilidade e educação familiar e cívica.

Como eu gostava da minha professora. Depois de um certo tempo, Deus me deu o prazer e a honra de me tornar amigo dela e da família... foi muito bom. Hoje estamos comemorando seu centenário. Que beleza poder falar isso que sinto.

Fica meu abraço e meu carinho sinceros à minha querida Professora... meus parabéns à toda a família e amigos na pessoa da querida amiga Maria Elvira . Manda um beijo pra ela, Vivira... Tenho certeza que ela está muito feliz.

 

Dona Lygia, Professora Lygia, Lyginha, Mamãe

Maria Elvira Tavares Costa (filha) - Mamãe: 100 anos! Lutas, guerras, doenças, caristias... coragem, superação, enfrentamento. Mulher trabalhando fora, na primeira metade do século XX. Mulher leitora, cidadã, comprometida com as atividades da religião católica que professou a vida inteira.

Grande mãe, esposa, companheira, irmã, tia, nora, filha, sogra, cunhada, avó, bisavó. Matriarca. Linda, linda, linda! Nossa Rainha e esteio. Mestra da Vida. Que privilégio! Muito a celebrar e a agradecer - a Deus, a ela, aos familiares e amigos, aos ex-alunos, ex-colegas... toda essa rede de amor que a tem sustentado por aqui, entre nós. Que embora já tenha a sua missão tão lindamente cumprida, a gente continua pedindo a Deus: - Só mais um tiquinho!

(A foto que enriquece esta página é D. Lygia, aos 16 anos de idade, ano de 1936).


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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