Conexão Brasília: política x economia - Jornal Fato
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Conexão Brasília: política x economia

Nem tudo se resolve na canetada, é preciso entender isso.


- Foto: Reprodução/Web

Nada na vida é resolvido na marra. Na política não é diferente. O governo federal tentou baixar os juros do empréstimo consignado a aposentados e pensionistas do INSS na marra e com uma canetada. A tentativa de reduzir na marra o custo do dinheiro no país, complicou ainda mais a situação de quem precisa de crédito.

A taxa pode até estar menor , mas agora é difícil encontrar bancos dispostos a emprestar dinheiro. Pelo menos dez instituições, incluindo grandes instituições controladas pelo próprio governo , o Banco do Brasil e Caixa Econômica , suspenderam a oferta de consignado do INSS, com a alegação de que o novo teto de juros torna as operações inviáveis.

A canetada do presidente ao tudo indica, poderá causar um recuo e alterar novamente o limite de juros, desta vez para um meio-termo entre o teto anterior e o atual.

O custo médio de crédito, em vez de diminuir , pode aumentar. O impacto pode chegar ao consumo das famílias, uma vez que os aposentados e pensionistas terão de recorrer a linhas de créditos mais caras.

Os atropelos do governo ainda provocou um "racha" com aliados que fizeram cobranças públicas contra as presidentes da Caixa Econômica, Rita Serrano, e do Banco do Brasil Taciana Medeiros. Não só isso, mas críticas indiretas ao Ministério da Fazenda, comandada por Fernando Haddad. Aliás, a ideia de baixar o teto dos juros do consignado partiu do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Esse, por sua vez, irritou bastante o ministro Fernando Haddad, que teria apelado a Lupi para que não colocasse o assunto em pauta.

Com a suspensão dos empréstimos consignados por vários bancos , o governo busca agora uma solução. Já fez uma reunião com as presidentes da Caixa e do Banco do Brasil e ficou decidido que uma nova reunião , com participação de mais bancos será realizada até a próxima sexta-feira(24).

Está na hora de parar com esses atropelos. Afinal, ninguém aguenta mais.

 

Por Edmar Soares. 

 

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