Carta aberta à mãe - Jornal Fato
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Carta aberta à mãe

Solange, sou conduzido, pelo convencimento dos gestos e observação


Solange, sou conduzido, pelo convencimento dos gestos e observação, elevar-te a exclamação:  Quando mãe, és melhor, ainda! Não há dúvida. Jamais! Então, descubro: - quão medíocres são diminutos espermatozoides, diante do óvulo fecundável, no céu do útero sagrado. A verdade, está na gênese divina, encerrada no corpo místico da mulher. Tao desconhecido, quanto misterioso. Assim, nos, homens, pais, curvamo-nos, justamente, pela incerteza paterna, face à clareza da maternidade. Mães são caminhos, iniciados, e inacabáveis, realmente. Amam, apenas, e despretensiosamente, filhos que velam, sempre, até à menor das células. Assim, nada melhor, senão alegrar-se ao ver o ventre glorioso, ungido de vida. Resta- nos, por fim, acompanha-las, nós todos, como grãos de trigo, acompanham pão, consumado no fogo, para alimento, feito bondade maternal!

 

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Que és fonte, mas também ponte, convexa, onde passa a primavera, que há no poeta.

 

Língua, és pátria

No território musculoso da palavra, enunciando sonho, para alivio da pessoa

 

Se condenada ao silêncio salva-se, quando fala; céu! Entregando estrelas.

 

E na boca, onde age o sentido, saem fonemas, a criar o instante supremo da linguagem.

 


Giuseppe D'Etorres Advogado

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