A onda de assaltos, tentativas de latrocínio (roubo seguido de morte) e homicídios registrados recentemente em Cachoeiro de Itapemirim foram tema de discussão na sessão ordinária da Câmara Municipal esta semana.

"A coisa está feia. Hoje mesmo (terça-feira) o dono de um supermercado no bairro Vila Rica foi baleado em uma tentativa de assalto. Cadê a polícia?", reclamou o vereador Brás Zagotto (SDD).

Para Delandi Macedo (PSC), "o governo deveria olhar com mais cautela para a questão da segurança. Os vereadores deveriam procurar o governador para conversar sobre o tema".

Jonas Nogueira (PV) concorda com a necessidade de diálogo com o governo capixaba e lembra das campanhas pela volta da central de chamadas de emergência (190) para a cidade.

Elias de Souza (PT) criticou a "desigualdade" no atendimento pela polícia. "Os bairros mais carentes sempre sofrem as batidas da polícia, que não faz o mesmo trabalho nos bairros ricos. A polícia deveria também fazer batidas entre os mais privilegiados, pois existe tráfico entre eles também. Os direitos e deveres são iguais".

O vereador Professor Léo (PT) ressaltou a ousadia dos bandidos. "O assassinato do jovem PM acontecido na semana passada foi uma afronta à segurança pública do Estado. Foi correta a resposta à altura". 

Já José Carlos Amaral (DEM), mais radical, pede a troca do comando do 9º Batalhão de Polícia Militar.

 

Abordagem

Enquanto os vereadores criticavam no plenário da Câmara Municipal a segurança pública, no lado de fora do prédio do Legislativo policiais militares do setor de motopatrulhamento abordavam três rapazes em atitude suspeita.

De acordo com um dos militares, uma bucha de maconha havia sido encontrada durante revista pessoal.

O presidente da Câmara, Júlio Ferrari (PV), lembrou que já enviou diversos ofícios, "sem resposta", às polícias Militar, Civil e à Guarda Municipal, solicitando reforço na segurança na sede do Legislativo e na Praça Jerônimo Monteiro, onde, denuncia ele, é comum a presença de jovens usando drogas.