Ano começa com aumento
O aumento superior a 8% vale para as linhas urbanas e distritais do município
O cachoeirense vai começar o ano pagando mais caro pela passagem do transporte coletivo urbano e distrital. O preço sobe dos atuais R$ 2,45 para R$ 2,65 e o reajuste, autorizado pelo Conselho Municipal de Transportes e Tarifas, passa a valer a partir de domingo (4). O decreto que autoriza o aumento foi publicado ontem, no Diário Oficial do município e vale para todas as linhas, exceto as que atendem os distritos de Burarama e São Vicente, que têm tabela própria.
O economista da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro (Agersa) e integrante do Conselho Tarifário, Yuri Gagarin Sabino, explicou que o aumento teve como base de cálculo o reajuste dado aos funcionários pela empresa no mês passado, o índice de Preços ao Consumidor (IPC) entre setembro a dezembro e a projeção inflacionária para 2015.
O reajuste fora de época, em decorrência de decisão do Tribunal de Justiça, que determinou a cobrança dos atuais valores, em razão da prefeitura se negar a conceder o reajuste no meio do ano, também pesou.
"Com esses números, além dos aumentos previstos para o óleo diesel e insumos, o Conselho chegou ao índice de 8,16% e os preços serão mantidos durante o ano", frisou.
Reajuste na Justiça
No início de 2014, a agência que regula o transporte público no município - Agersa - determinou que neste ano não haveria aumento no valor da tarifa. Porém, a empresa Flecha Branca entrou na Justiça para conseguir o reajuste, pedido aceito pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo, no início de julho.
A passagem que custava R$ 2,25 subiu para R$ 2,45. Os passageiros que, por terem bilhete eletrônico, pagavam R$ 1,95 até antão, perderam a vantagem e o valor integral passou a ser cobrado de todos.
Na ocasião, o Consórcio Cachoeiro Integrado, que reúne as empresas que fazem o transporte coletivo urbano da cidade, explicou que o reajuste foi baseado em estudo e perícia técnica para garantir a manutenção dos serviços, que estavam há mais de um ano e meio sem aumento.
Também alegou que os custos operacionais nesse período aumentaram, principalmente com o óleo diesel, peças, pneus e salários dos funcionários.