Um dos prédios históricos mais importantes de Cachoeiro está passando por reforma. A Casa da Memória, construída por volta de 1920, vai ganhar telhado, forro e instalação elétrica novos, além de pintura interna e externa. Os serviços começaram na semana passada e devem ficar prontos dentro de quatro meses.

Para recuperar e preservar esse patrimônio do município (tombado em 1996), sede da Biblioteca Pública Municipal "Major Walter dos Santos Paiva", a prefeitura investe R$ 129.651,99 na obra, conduzida por empresa contratada. Todas as características arquitetônicas originais do imóvel serão conservadas.

A secretária de Cultura e Turismo de Cachoeiro, Fernanda Martins, salienta que, além da questão fundamental da preservação de um bem público de grande valor histórico para a cidade, o investimento vai propiciar um espaço mais adequado para abrigo do acervo de 15 mil livros da biblioteca municipal, que está funcionando, provisoriamente, na antiga sede do clube Ita (rua Dr. José Paes Barreto, 52, Centro).

"Também vamos poder acolher melhor os usuários da biblioteca para a realização de pesquisa ou empréstimos de títulos, e os visitantes, de forma geral. Outro ganho importante possibilitado pela obra é o retorno da sede da Academia Cachoeirense de Letras à Casa da Memória, o que vai contribuir para torná-la um centro cultural ainda mais 'vivo' e dinâmico", complementa a secretária.

No espaço provisório, a biblioteca municipal trabalha apenas com os serviços de empréstimos e devolução de livros, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

 

Melhorias em outros prédios históricos

Outro patrimônio de Cachoeiro que recebe melhorias é o Palácio Bernardino Monteiro, sede da prefeitura. O prédio centenário está tendo a fachada revitalizada com pequenos reparos e pintura.

Recentemente, o Museu Ferroviário Domingos Lage, imóvel que acaba de completar 115 anos, também ganhou repintura nas partes interna e externa, reparos no banheiro e limpeza do forro.

No ano passado, o município reabriu a Casa dos Braga - restaurada pelo governo estadual - com acervo e exposições voltadas à preservação da memória da família Braga, cujo membro mais conhecido é Rubem Braga (1913-1990), considerado o maior cronista brasileiro.