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Desejos de Natal

Amo decoração de Natal. A programação, os corais, a alegria, as luzes, a sensação de amor e aconchego que reinam por um tempo, enquanto o Ano Novo não chega


- Foto Reprodução Web

Amo decoração de Natal. A programação, os corais, a alegria, as luzes, a sensação de amor e aconchego que reinam por um tempo, enquanto o Ano Novo não chega.

Penso sempre que a cordialidade e generosidade deviam perpassar as comemorações natalinas e alcançar todos os dias do ano.

Amor abundante deveria ser um desejo coletivo. Daqueles tão fortemente desejados que se realizasse pela força do pensamento.

Sou utópica e sonho de verdade com a vida de todos com direitos e oportunidades iguais, especialmente em relação à boa comida na mesa e serviços públicos de qualidade.

Dignidade para viver bem, com casas agradáveis, com jardins, flores, pássaros soltos alegrando o ambiente com cantos variados.

Desejo com a força da alma e do coração com novos tempos em que as coisas sejam usadas, e as pessoas amadas intensamente, ao ponto desse amor aquecer a alma e renovar as forças.

Seria o Natal o responsável por esse desejo tão ardente? Também, mas não só. Penso sempre que se me fosse dado poder infinito para mudar as coisas, não queria dinheiro que nunca se acabasse.

Meu desejo seria pelo fim da fome, da miséria e das dores provocadas pela insensibilidade daqueles que, podendo fazer o bem, não o fazem. Ao contrário, se deleitam com a maldade.

Se tivesse o dom de mudar as coisas, nenhum ser humano se tornaria desimportante tão logo passe o Natal.

As luzes do período natalino refletiriam o ano todo nos olhares de pessoas valorizadas e fortalecidas pelo amor.

Eu sei. É um sonho. E acho que cada vez mais distante. Eu acordo todos os dias e insisto, teimosamente, em acreditar que um dia será possível.

Desejo fortemente neste Natal que outras pessoas sonhem comigo esse sonho de novos tempos.

Quando caminharemos juntos, de mãos dadas, na mesma direção, sem que ninguém seja impiedosamente atropelado e deixado para trás.

Eu tenho um sonho. Muitos sonhos.  E nele cabem todos aqueles que entendem que a amorosidade, a partilha e a generosidade deveriam mover o mundo. De janeiro a janeiro, chovesse ou fizesse sol. Ingenuidade ou teimosia, não importa. Esse é o meu mais ardente desejo de Natal.


Anete Lacerda Jornalista

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