Nutricionista de Cachoeiro aponta a importância da dieta na endometriose - Jornal Fato
Saúde

Nutricionista de Cachoeiro aponta a importância da dieta na endometriose

De acordo com a nutricionista cachoeirense, Fernanda Freitas, a endometriose é considerada uma doença crônica, sem cura definitiva.


Março é o mês da conscientização da endometriose, uma doença que afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva - 13 a 45 anos - podem desenvolver a doença e há 30% de chance de que fiquem estéreis.

De acordo com a nutricionista cachoeirense, Fernanda Freitas, a endometriose é considerada uma doença crônica, portanto sem cura definitiva. Porém existem diversos tratamentos que ajudam no controle e melhora dos quadros. Entre elas, a alimentação e estilo de vida que influenciam diretamente no tratamento da doença.

"A qualidade de vida da paciente tem um impacto muito positivo quando controlamos o estresse, inserimos a atividade física, e uma alimentação específica para o tratamento da doença. É de extrema importância cuidar da imunidade da paciente, e para isso, tem-se uma atenção especial na saúde intestinal, qualidade do sono, e controle do peso corporal", explica.

A dieta da paciente portadora de endometriose, segundo destaca a nutricionista, precisa ser rica em alimentos antioxidantes, fibras, com restrição de alimentos pró-inflamatórios - como industrializados, cuidado especial ao consumo de glúten, leites e derivados de origem animal -.

"Em muitos casos é necessário a prescrição de suplementos para corrigir carências nutricionais, reforçar a imunidade, e ajudar no controle da inflamação", afirma Fernanda.

Também existem casos que os focos de endometriose precisam de remoção por meio da cirurgia chamada laparoscopia. Já em complicações mais severas são necessárias intervenções mais invasivas.

 

O que é a endometriose?

É uma doença caracterizada pela presença do endométrio - tecido que reveste o interior do útero - fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.

Todos os meses, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na menstruação. Uma das teorias para explicar o aparecimento de endometriose é que um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão e consequentemente dor.

"Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto, nós chamamos de paciente "assintomática." Porém os sintomas mais comuns são: cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação, dor durante as relações sexuais, dor crônica na região pélvica, fadiga crônica e exaustão, sangramento menstrual intenso ou irregular, alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação, dificuldade para engravidar e infertilidade", completa.

O diagnóstico em casos de suspeita da endometriose é feito por meio de exame físico, ultrassonografia endovaginal, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames laboratoriais, dentre outros. Em alguns casos, o médico ginecologista solicitará uma ressonância magnética e a colonoscopia.

 

por Guilherme Gomes

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