Nutricionista cachoeirense explica como iniciar 2023 com alimentação sustentável - Jornal Fato
Saúde

Nutricionista cachoeirense explica como iniciar 2023 com alimentação sustentável

Fernanda Freitas, explica que na alimentação sustentável, os alimentos não tem o papel apenas de "matar o desejo de comer".


A falta de acesso a informação pode ser o principal empecilho para uma má alimentação. Hoje a obesidade é uma epidemia para o brasileiro, que além de não conhecer os benefícios de uma alimentação saudável e sustentável, levam um ritmo de vida acelerado, fazendo com que a saúde acabe ficando em segundo plano.

Uma pesquisa do Instituto Akatu e GlobeScan, que acompanha ano a ano, atitudes e comportamentos do consumidor relacionados a estilo de vida, apontou que cerca de 64% dos brasileiros estariam dispostos a pagar um preço acima da média por alimentos saudáveis e produzidos de forma sustentável.

A nutricionista de Cachoeiro de Itapemirim, Fernanda Freitas, explica que na alimentação sustentável, os alimentos não tem o papel apenas de "matar o desejo de comer", mas também de fornecer os combustíveis corretos que façam seu corpo funcionar da melhor forma.

"Quando consumimos alimentos sustentáveis, podemos estar evitando doenças, gerando bem estar, qualidade de vida e principalmente, não tenham impacto ambiental e social e que também possam estar relacionada de forma positiva com a saúde e a sustentabilidade econômica e social", explica Fernanda.

Apesar do fato de que a maioria das opções sustentáveis serem mais saudáveis, duradouras e ecologicamente corretas do que muitas opções de alimentos "convencionais", elas desempenham ainda uma demanda baixa, o que se traduz em um preço mais alto. Porém, a nutricionista destaca que, entre os benefícios, quando optamos por consumir produtos locais, de agricultura familiar, da feira de bairro é estarmos contribuindo para economia local, gerando mais opções e oferta de produtos com melhor custo.

"São muitos benefícios! Evitar o desperdício de alimentos, consumir mais alimentos in natura, evitando embalagens e desperdícios no ambiente. A pessoa adquire o hábito de ler os rótulos, e aprende a identificar elementos como a indicação de alimentos transgênicos (o que significa que este alimento passou por modificação genética e no seu cultivo se utiliza vários tipos de agrotóxicos, oferecendo mais riscos à sustentabilidade e a saúde). O aumento do consumo de alimentos de safra/época que são mais ricos em vitaminas e sabor", completa.

 

Mudança de hábitos

Fernanda afirma que muitas pessoas não tem acesso ao básico, e o que conseguem adquirir são alimentos ultra processados com baixo custo e com impacto negativo enorme a saúde e que ao optar pela mudança de hábitos e aderir uma dieta sustentável é necessário que não haja atitudes drásticas com o que a pessoa já está habituada.

"Comece com o que está ao seu alcance, não queira mudar toda sua rotina de uma vez, e crie pequenas metas como: evitar o refrigerante tomar mais sucos naturais, evitar comprar alimentos industrializados e comprar alimentos in natura, diminuir o açúcar se propor a experimentar novos alimentos/sabores e também tentar inserir uma atividade física na rotina e sono de qualidade, porque fazem toda diferença numa vida saudável", finaliza.

 

por Guilherme Gomes

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