Câncer infanto-juvenil: 8 sinais que podem indicar a doenças
A doença atinge mais de 8 mil crianças e adolescentes por ano no Brasil e sintomas são semelhantes aos de outras doenças.
O câncer infantojuvenil atinge mais de 8 mil crianças e adolescentes por ano no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). É a primeira causa de morte (8% do total) por doença na faixa etária de 1 a 19 anos.
O médico radioterapeuta Persio Freitas, diretor clínico do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), explica que a maior dificuldade no diagnóstico precoce é que muitos dos sintomas se assemelham aos de outras doenças, o que pode atrasar o início do tratamento. Ele cita 8 sinais importantes:
? Hematomas ou sangramentos;
? Presença de caroços pelo corpo;
? Inchaço na região do abdômen;
? Perda de peso e equilíbrio;
? Dor nos ossos;
? Febre intermitente sem nenhuma causa aparente;
? Palidez prolongada na pele;
? Reflexos nos olhos (olho de gato).
"Na maioria dos casos, o câncer em adultos está relacionado a fatores de risco do meio ambiente, como fumar ou beber, o que não acontece com crianças e adolescentes. Quando o tumor é descoberto cedo, as chances de cura chegam a 80%", destaca o médico.
Tumores frequentes
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).
Outra doença que afeta as crianças é o retinoblastoma, tumor maligno que se forma nas células da retina, parte do olho responsável pela visão.
A doença corresponde a cerca de 3% de todos os cânceres pediátricos. De acordo com o Inca, em 95% dos casos, ocorre em crianças menores de 5 anos, podendo acontecer em um ou nos dois olhos.
Um caso da doença que ganhou repercussão foi o da pequena Lua, de 1 ano, filha do apresentador Tiago Leifert e da jornalista Daiana Garbin. Ela está tratando os dois olhos com quimioterapia.
Persio Freitas orienta os pais a estarem atentos aos sintomas do câncer infantojuvenil, como perda de apetite, apatia, se a criança tem algum sangramento ou hematoma, se apresenta febre intermitente sem uma causa aparente ou se apresenta dores nos ossos.
"Se perceber algo estranho, procure o médico. Nas leucemias, por exemplo, em função da invasão da medula óssea por células anormais, a criança se torna mais sujeita a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores ósseas", afirma o especialista.
Tratamento
Persio Freitas explica que o câncer infantojuvenil pode ser tratado com cirurgia, quimioterapia e também com radioterapia, que segue protocolos especiais:
"Todos os cuidados com a segurança dos pequenos são tomados, para que a radiação seja aplicada de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença", afirma.