SUS: após 50 mil partos, Heci fecha maternidade e foca na alta complexidade
Os atendimentos a gestantes pelo SUS foram centralizados no Hospital Infantil. A medida faz parte da reorganização planejada pelo Governo do Estado
Após 25 anos, o Hospital Evangélico deixa de oferecer o serviço de maternidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a partir desta sexta-feira (16). No local, foram realizados cerca de 50 mil partos de gestantes de toda a região sul do Espírito Santo. A particulares e conveniados, o serviço de maternidade será mantido.
O fechamento do ciclo, conforme denominou o superintendente do Heci, Wagner Medeiros, ocorre em atendimento a política do Governo do Estado, que planeja o hospital no atendimento exclusivo a alta complexidade, pelo SUS.
O Heci assume agora o atendimento a AVC (Acidente Vascular Cerebral), neurocirurgias e cirurgias de grande porte. A maternidade foi transferida para a responsabilidade do Hospital Materno Infantil Francisco de Assis (Hifa), que passa a centralizar o serviço. Há dois anos, a instituição já absorve a demanda que originariamente era da Santa Casa de Cachoeiro, que também fechou a maternidade.
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HIFA PASSA A ATENDER GESTANTES DE ALTO RISCO
A mudança, segundo Medeiros, não representará demissões. O pessoal que atuava na maternidade será realocado. Os médicos serão incorporados à estrutura do Hospital Infantil. "Estaremos na retaguarda para ajudar o Hospital Infantil no que for necessário, visto que trabalham com gestantes de risco. Desejamos grande sucesso nessa nova empreitada".
De acordo com o superintendente do Hifa, Jailton Pedroso, a centralização é importante, por permitir manter mães e crianças num só espaço. O hospital, afirma, conseguiu estruturar serviço de neonatologia de ponta.
"As crianças que nascerem vão ter um serviço de retaguarda bom. E as mães, também conseguimos montar uma estrutura intensiva para o adulto que é uma nova UTI Materna para a região".
