Comunidade Nossa Senhora da Penha comemora 100 anos de atuação em Cachoeiro - Jornal Fato
Religião

Comunidade Nossa Senhora da Penha comemora 100 anos de atuação em Cachoeiro

Com a presidência de Dom Luiz Fernando Lisboa, Bispo Diocesano, a Santa Missa celebra um momento histórico da região.


- Foto Divulgação/Diocese de Cachoeiro

Fé, oração, emoção e partilha marcaram a celebração de 100 anos da Comunidade Nossa Senhora da Penha, em Jacu, interior de Cachoeiro de Itapemirim. O evento aconteceu neste domingo, 14 de maio, na quadra da comunidade, com a presença de centenas de fiéis. Com a presidência de Dom Luiz Fernando Lisboa, Bispo Diocesano, a Santa Missa celebra um momento histórico para região

Pastorais, movimentos apostólicos, leigos e leigas, além do pároco da Paróquia Nossa Senhora da Penha, Pe. Enildo Genésio de Souza, participaram da celebração. Durante a tarde, os fiéis participaram do Santo Terço e, ao final da Santa Missa, um bolo gigante foi repartido aos presentes.

Na celebração solene, Dom Luiz, em nome de toda a diocese, saudou os fiéis e relembrou a caminhada jubilar da comunidade.

"Bendizemos a Deus pela Celebração do Centenário desta comunidade. Relembramos todo a jornada de preparação do ano Jubilar. É Uma alegria poder estar com o povo de Deus agradecendo por todas as realizações. O ano Jubilar é o tempo da graça, oportunidade única para todos nós batizados. Louvamos ao Senhor com entusiasmo pelos acontecimentos destes momentos que marcaram a história. A partir de agora, a missão é olhar para frente, antenados com os desafios do futuro, lembrando com fervor do Centenário desta comunidade e, sobretudo, com a certeza que Deus foi fiel conosco", disse o líder da igreja católica no sul do Estado.

 

100 anos de História:

A história da Comunidade Nossa Senhora da Penha começa em 1920. O imigrante italiano Sr. Maximiliano Tedesco e sua esposa, Sra. Joana Altoé Tedesco, escolhem a comunidade de Jacú para viver. O casal migrou de Alfredo Chaves levando 3 dos seus 12 filhos.

Com o passar dos anos, Sr. Maximiliano começa a perder sua visão e descobre um grave problema nos olhos. Após o diagnóstico, precisou se submeter a uma complexa cirurgia que, à época, era feita exclusivamente no Estado do Rio de Janeiro.

Antes de passar pelo procedimento cirúrgico, fez uma promessa à Santa Luzia: Caso fosse curado, construiria uma capelinha em sua honra. Na fé católica, Santa Luzia é considerada padroeira dos olhos.

A cirurgia foi realizada com sucesso e, rapidamente Sr. Maximiliano recuperou sua visão iniciando, em 1923, a construção da primeira capela da região. Pouco tempo depois, o espaço começou a receber seus primeiros fiéis que, segundo registros em atas históricas, chegavam até dos municípios vizinhos.

A pequena capela abrigou a fé dos moradores da região por anos, porém, com o passar do tempo, as dificuldades de acesso ao local - principalmente nos tempos de chuva - mobilizaram a construção de uma nova igreja. O segundo templo foi construído em 1940. À época, a liderança da comunidade passou para o Sr. Vicenzo Tedesco, filho mais velho do fundador da comunidade (Sr. Maximiliano).

Após o Concílio Vaticano II, o Sr. José Antônio Dardengo, assumiu a liderança comunitária e, iniciou a implantação das  revolucionárias diretrizes orientadas pelo episcopado católico. 

Com o crescimento da comunidade, cresceram também, os Movimentos Apostólicos e Pastorais. Nesta época, 100% da arrecadação financeira era por meio do dízimo e, ocasionalmente, quermesses que celebravam seus 3 padroeiros (Santa Luzia, Santo Antônio e Nossa Senhora da Penha). Relatos históricos constam ainda que, a primeira Coroação à Nossa Senhora na região, aconteceu em Jacú.

Diante do avanço populacional, a segunda capela construída ficou pequena para acolher a comunidade local. Por isso, entre os anos de 1990 e 1992, uma terceira capela foi construída no espaço onde, até hoje, funciona a Comunidade Nossa Senhora da Penha que, atualmente, encontra-se em reforma.

Apesar de Santa Luzia, Santo Antônio e Nossa Senhora da Penha serem, inicialmente, os santos de devoção na comunidade. Houve a necessidade de venerar apenas um padroeiro. Foi quando, em unidade com a igreja do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha (Padroeira do Estado), foi eleita padroeira da comunidade de Jacú.

 

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