Havia grande expectativa de que o vereador José Carlos Corrêa Cardoso Junior (Novo) definisse na manhã desta terça-feira (28) se aceitaria ou não o convite para ser vice do pré-candidato a prefeito de Cachoeiro, Theodorico Ferraço (PP). Mas não foi isso o que aconteceu. O parlamentar municipal jogou para mais adiante qualquer decisão.

Ferraço recebeu com serenidade a postergação. Na véspera havia dito à imprensa que o prazo para a definição seria até amanhã (29), talvez como forma de pressionar Corrêa a se definir logo. Mas, mesmo diante da "não-decisão", mantém o vereador como a melhor alternativa para compor chapa consigo.

Porém, ressalta que a demora pode abrir brechas para que outros partidos que queiram se aproximar reivindiquem o posto. A definição rápida sobre o vice serviria para não criar falsas expectativas nesses possíveis aliados, como já dissera na véspera Ferraço.  

Mesmo dentro do grupo, que reúne além de PP e Novo o MDB há possíveis postulantes à vaga.

"Foi (a entrevista de Juninho) na linha do que ele conversou comigo. Que quer sentir da população e evitar que o anúncio de seu nome possa dificultar a chegada de possíveis aliados. Ele pediu mais tempo e acho que está correto', disse Ferraço com exclusividade ao Jornal FATO, na manhã desta terça.

 

A volta de quem não foi

A decisão de Juninho Correa não é simples, pois envolve mais do que a política e abrange sentimentos religiosos. Dele e também dos eleitores. Alguns se frustraram e outros se comoveram quando, em fevereiro, ainda pré-candidato a prefeito, então pelo PL, anunciou a saída da política para se dedicar a se formar padre.

Ante jornalistas e com transmissão ao vivo pelas redes sociais, Juninho agora se mostra dividido. E já não rechaça mais a participação política ativa, até como candidato. Com isso, não descarta mais estender o ciclo, que seria concluído ao fim de seu mandato como vereador, que, dizia antes, seria também o fim de sua carreira política.

Toda a movimentação em razão de sua volta ao cenário político - a volta de quem nunca foi - tem servido como termômetro para medir a temperatura da opinião pública acerca de seu nome e o impacto da aparente reviravolta em sua popularidade.

Corrêa diz que quer ouvir a população e a família antes de qualquer decisão. E considera que tem até o período de convenções para tal.

Mas, pelo que diz Ferraço, a expectativa é de que o fim dessa novela seja conhecido bem antes.

A conferir.