Crise política provoca renúncias e trava a Câmara de Atílio Vivacqua - Jornal Fato
Política

Crise política provoca renúncias e trava a Câmara de Atílio Vivacqua

Presidente fica isolado no cargo com renúncias de vice e secretário e mesmo com o clima pesado, quer se manter no poder, com a eleição de novos integrantes para a mesa; desafio é encontrar quem queira participar


- Foto Reprodução/Facebook

A Câmara de Vereadores de Atílio Vivácqua, no sul do Espírito Santo, passa por intensa crise política, com efeitos administrativos. Durante a sessão desta terça-feira (1), o vice-presidente e o secretário da Mesa Diretora renunciaram aos cargos, deixando isolado o presidente Gilcimar da Rocha Silva, o Gil Barriga, que, mesmo assim, não pretende deixar o cargo.

Os vereadores Roberto Alemonge de Souza e Roberto da Silva Mello, que exerciam os cargos de vice-presidente e secretário, respectivamente, alegaram incompatibilidade com administração da atual presidência como motivo para o abandono da mesa diretora.

Suas renúncias contaram com aprovação de oito dos nove parlamentares que integram a Casa. E, sem ninguém nessas funções, o funcionamento da Câmara fica inviabilizado. Para tentar solucionar a situação, o presidente anunciou eleição para substituir os dissidentes para a sessão da próxima terça-feira (8). Assim, Gil Barriga se manteria na presidência.

No entanto, de acordo com o vereador Thiago Gava, ante a gestão temerária do atual presidente, nenhum dos oito parlamentares restantes se propõe a assumir os cargos. Com o impasse gerado, só restaria ao presidente também deixar a função.

 

Vereador Tiago Gava - foto: divulgação/CMAT
 

"Momento bem delicado, onde o interesse pessoal não pode ser maior que o interesse público do Município de Atílio Vivacqua. A população atiliense aguarda a renúncia do então Presidente da Câmara".

 

Vereador Gil Barriga - foto: reprodução/Facebook
 

Gil Barriga nega o isolamento e classifica o caso como "perseguição política, que existe em qualquer lugar", afirmou o mandatário para a nossa reportagem, sem querer se alongar sobreo assunto.

Além das renúncias, que travam a parte administrativa da Casa de Leis, o presidente enfrenta ainda denúncia de irregularidade na contratação de um motorista, que estaria com a habilitação vencida, o que teria sido a gota d'água para o debacle, ante outros desentendimentos administrativos.

O caso é investigado na Câmara e Gilcimar da Rocha Silva preferiu não se pronunciar sobre o assunto, que estaria a cargo de seu advogado, com o qual a reportagem não conseguiu contato.

 

Crise

Com as renúncias do vice-presidente e do secretário, a Câmara Municipal de Atílio Vivacqua enfrenta uma crise administrativa. Já que o presidente, apesar de ser o cargo maior na hierarquia da Casa Legislativa, não pode a administrar sem os outros membros da mesa diretora. Diante do impasse, o dia-a-dia administrativo está travado. Uma simples ordem de pagamento não pode ser feita, já que apenas a assinatura do presidente não é suficiente.

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