O secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social Carlos Casteglione (PT) pretende continuar no governo, mesmo após a resolução estadual, definida no congresso de maio, de que o PT deve deixar todos20 cargos comissionados que ocupa no governo do Estado.

 

Na semana passada o partido começou a notificar os petistas nomeados em cargos comissionados no governo estadual para que peçam exoneração.

 

Casteglione, único petista a integrar o primeiro escalão, no entanto, pretende se licenciar do partido para poder permanecer no cargo.

 

"Não pretendo deixar nem o partido e nem o cargo", disse em entrevista ao jornal A Tribuna. O assunto, no entanto, ainda não foi discutido com o governador Paulo Hartung.

 

Ao mesmo jornal, o presidente estadual do PT, João Coser, disse que qualquer filiado pode se licenciar, ficando, no entanto, a partir de então, impedido de opinar nas decisões do partido.

 

Ex-prefeito de Cachoeiro, Casteglione tem intenção de se candidatar no ano que vem.  A permanência no governo pode deixá-lo em evidência. Sua insistência em permanecer no cargo pode estar ligada a esse interesse eleitoral.

 

Caso não se licencie e ainda assim continue no cargo, o secretário pode ter problemas no partido. As resoluções estaduais, ratificadas pela Executiva nacional do PT, têm peso de lei no e deverão ser obedecidas pelos filiados. A desobediência pode resultar em processo.

 

Também devem deixar os cargos comissionados os petistas que atuem em prefeituras cujos prefeitos deram apoio ao impeachment da ex-presiente Dilma Roussef.