A Câmara de Vereadores de Atílio Vivácqua deu um passo na direção de solucionar a crise que pode prejudicar a administração da Casa de Leis, que desde o início do mês opera com a Mesa Diretora incompleta.
O vereador Mário Sérgio França Brito (PSB) foi eleito vice-presidente e se junta ao presidente Gilcimar Rocha Silva (União), o Gil do Barriga, na condução dos trabalhos. Nenhum outro parlamentar, no entanto, quis se candidatar a secretário, cargo que permanece vago.
Se na semana passada houve confusão e a sessão foi cancelada, a reunião ordinária de terça-feira (29) foi mais amena. Desta vez, o requerimento de candidatura de Mário Brito estava devidamente assinado e com o pedido em anexo.
Na semana passada, a falta desses dados em relação ao protocolo de candidaturas à composição da mesa despertou a desconfiança de que houvesse pressão sobre os parlamentares. Até a polícia foi chamada para registrar a situação.
Segundo alguns interlocutores, existe movimentação entre os vereadores de situação para debelar a crise, mas há dificuldade para encontrar quem aceite compor a Mesa Diretora por conta de suspeitas de desmandos na gestão da Casa.
Dos cinco vereadores que apoiam o prefeito, dois renunciaram aos cargos de vice-presidente e secretário no início do mês: Roberto Alemonge de Souza (PDT) e Roberto da Silva Mello (PT), por discordar da condução administrativa do atual presidente. É improvável que retornem.
Depois do imbróglio da semana passada, Mário Brito foi eleito vice-presidente agora. Restando, no campo da situação, apenas Lauro Nascimento Tosta (PSB), que também ainda não aceitou integrar a direção da Câmara, apesar do protocolo fantasma de sua candidatura a secretário na sessão que não ocorreu.
Os demais vereadores são de oposição e também não é simples que nenhum deles assuma a vaga aberta.
A crise é tão séria que, segundo Romerio Gomes (União), os oito vereadores ? inclusive, o novo vice-presidente ? assinaram documento em que pedem ao Ministério Público o afastamento do presidente. Na sessão da última terça-feira ele achou estranha a candidatura de Mário. ?Assina para tirar (o presidente) e se candidata a vice-presidente. Seria o último a sentar naquela mesa?, disse ele, que defende abertamente a renúncia de Gil do Barriga.
Embora presentes, nem o presidente, nem o novo vice responderam à declaração de Romerio. Presidente garante que Câmara não vai parar O presidente da Câmara de Atílio Vivácqua, Gilcimar Rocha Silva (União), conhecido como Gil do Barriga, assegura que, seja eleito ou não o novo secretário na próxima terça-feira, o andamento dos trabalhos não será afetado.
Em meio a todos os percalços, a eleição para secretário foi novamente marcada para a próxima terça-feira (5). Os vereadores que, porventura, queiram assumir o cargo terão até 13h para protocolar a candidatura. A sessão começa uma hora depois. ?Ontem (terça) fizemos a votação. Na próxima sessão, esperamos eleger o secretário. Caso isso não aconteça, vamos seguir. O regimento interno permite isso. Demos andamento aos projetos, votamos. A vida na Câmara não para, diferentemente do que as pessoas pensam?, declarou Gil do Barriga, nesta quarta-feira (30), ao Jornal ES de FATO.
Desde as renúncias, a Câmara Municipal de Atílio Vivácqua enfrenta crise. O presidente, apesar de deter o cargo mais alto na hierarquia da Casa Legislativa, não pode administrar sem os outros membros da Mesa Diretora. Alguns atos, como pagamentos, por exemplo, dependem de mais do que só a assinatura dele.
Entenda a crise:
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