Atílio Vivácqua: Câmara permanece sem mesa diretora completa - Jornal Fato
Política

Atílio Vivácqua: Câmara permanece sem mesa diretora completa

Sessão na qual haveria eleição para cargos de direção da Casa de Leis, vagos desde 1° de agosto, é suspensa por conta de desentendimento entre vereadores de lados opostos


- Fotos: Arquivo/FATO

A instabilidade administrativa na Câmara de Atílio Vivácqua se aprofunda. Nesta terça-feira (22), a crise política escalou e já ganha contornos de caso de polícia. A sessão em que deveriam ser eleitos os novos integrantes da mesa diretora foi cancelada, depois que vereadores indicaram a tentativa de manipulação do processo. A Polícia Civil foi chamada para registrar o caso.

Desde a renúncia de vice-presidente e secretário, no primeiro dia de agosto, os atos administrativos estão prejudicados, já que há necessidade de assinatura deles em rotinas como as ordens de pagamento, por exemplo. O presidente tenta se manter no cargo, mas está isolado pelos seus pares.

Para a reportagem do ES de FATO, o vereador Thiago Gava denunciou irregularidades. De acordo com ele, os vereadores Mauro Brito e Laurindo do Táxi, que estavam arrolados como candidatos a ocupar as vagas, não tinham conhecimento e tampouco assinaram o documento que foi protocolado na Casa com suas candidaturas.

Ele conta que, ante a situação irregular, ele e outros vereadores flagraram o secretário de Governo, Planejamento e Desenvolvimento, Paulo Caldeira Burock Junior, na Câmara Municipal, em reunião para tentar convencer Mário Brito e Laurindo do Táxi a assinar o documento para que a sessão pudesse desenrolar.

O presidente da Casa Legislativa, Gilcimar da Rocha Silva, o Gil Barriga, nega. Ele alega que vereadores da oposição tumultuaram a sessão. "Estávamos reunidos sobre a mesa diretora e a pauta do dia. Entraram na minha sala para causar tumulto". Gil Barriga afirma que a eleição vai ocorrer em breve. No entanto, ainda não há um dia definido. "Vou me reunir com o setor Jurídico e marcar uma data".

Burock Junior também desmente a versão de Gava. Diz que foi ao local apenas para tratar de assuntos relacionados à administração municipal. "Não sei por que todo esse tumulto, não é a primeira vez que me reúno com o presidente da Câmara", explica o secretário municipal.

Para amainar os ânimos, segundo Tiago Gava, foi preciso a presença da Polícia Civil na Casa Legislativa. Inclusive, boletim de ocorrência teria sido registrado.

Contatado por telefone, o vereador Mário Brito, justificando que estaria de saída para um velório, não se posicionou sobre o caso. Por sua vez, Laurindo do Táxi se recusou a falar por telefone.

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