Cachoeiro: prefeito decide retirar projeto de empréstimo internacional da Câmara - Jornal Fato
Política

Cachoeiro: prefeito decide retirar projeto de empréstimo internacional da Câmara

Ante a politização do tema, ele revela que conseguiu uma extensão de prazo para a avaliação do projeto. Assim, deverá ser reapresentado em outro momento


- Foto: Reprodução/Instagram

O prefeito Victor Coelho (PSB) decidiu retirar o projeto de lei que buscava autorização da Câmara Municipal para contratar empréstimo de 50 milhões de dólares junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF, na sigla em castelhano). A proposta estava há alguns meses na Casa de Leis, mas não havia consenso sobre sua votação.

O anúncio foi feito em reunião com do prefeito com vereadores na manhã desta terça-feira (28) e anunciado pelo presidente da Câmara, Brás Zagotto (Podemos). A decisão ocorre 13 dias após audiência pública sobre o tema. O prefeito defendeu a proposta tecnicamente, mas havia manifestação de ampla maioria contra o projeto.

Na semana seguinte, enquanto esteve em Brasília para participar da Marcha dos Prefeitos, Victor aproveitou para conversar com a diretoria da CAF e amadurecer a retirada da proposta nesse momento. Ele revela que conseguiu uma extensão de prazo para a avaliação do projeto. Assim, deverá ser reapresentado em outro momento.

"Infelizmente vamos perder mais um ano para dar início às obras. Mas sabendo da importância do projeto, tomamos essa decisão em conjunto com os vereadores. (...) Cachoeiro está acima de qualquer um do nós", diz o prefeito reforçando a vantagem do projeto.

Embora tratasse de recursos para obras estruturantes para Cachoeiro, o debate sobre a proposta foi contagiado pelo clima eleitoral. A Prefeitura tem conseguido ao longo dos anos índices financeiros que permitem a aquisição dos recursos.

O pagamento seria efetuado mensalmente, após seis anos de carência, com juros de 4,55% ao ano. O valor, equivalente a R$ 257,5 milhões na cotação de hoje (dólar a R$ 5,15) seria liberado em seis ou cinco parcelas ao longo do período, de acordo com o andamento das intervenções e do interesse da administração municipal.

Em outras palavras, apenas a primeira dessas parcelas seria liberada no atual mandato. E, assim, caberia ao próximo gestor definir se acessaria ou não as remessas restantes, sem multas ou mudança nas condições se optasse por não prosseguir.

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