Roseli Valiati foi morta enquanto dormia com um tiro na cabeça - Jornal Fato
Polícia

Roseli Valiati foi morta enquanto dormia com um tiro na cabeça

O delegado Felipe Vivas, titular da DHPP, informou detalhes sobre o caso de Roseli Valiati durante coletiva de imprensa nesta quinta (21).


Foto: Divulgação

Durante Coletiva de Imprensa, concedida pela Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (21), o Delegado Felipe Vivas, titular da DHPP, informou detalhes sobre o caso da vendedora Roseli Valiati, de Cachoeiro de Itapemirim. Segundo o delegado, o autor do crime, um pecuarista de 54 anos, confessou ter matado a vítima com um tiro na cabeça, enquanto ela dormia.

Segundo a PC, Roseli havia conhecido o suspeito por meio de um aplicativo de relacionamentos. A princípio, ele se apresentou com nome falso para a vítima. Em sua versão, o pecuarista diz que o crime foi um ato desesperado para acabar com um relacionamento que ele não queria mais, mas que não conseguia colocar um ponto final por insistência da vítima.

Ele disse ainda que estava mantendo relacionamento com Roseli, a princípio amoroso, mas que teria se tornado uma amizade. Ao confessar o crime ele contou que convidou a vítima para assistir um jogo do flamengo, neste domingo (17). Durante o jogo ela adormeceu e, neste momento, o pecuarista pegou uma das armas que tinha em casa e atirou, à queima roupa, na cabeça de Roseli.

Vizinhos negam ter ouvido qualquer disparo.

De acordo com a PC, o pecuarista possui duas armas devidamente registradas, uma carabina e uma pistola, suposta arma do crime. Munições também foram apreendidas na casa do autor do crime. Ele não tinha autorização para aquisição destas munições com calibres incompatíveis com suas armas.

 

Investigações

Ao tomar conhecimento do caso, o delegado responsável pelo DHPP, Felipe Vivas, se deu conta que não se tratava de um simples desaparecimento. "Percebemos que era um desaparecimento atípico por ter sido encontrado a bolsa da vítima em seu carro", relata.

Durante outiva um familiar contou ao delegado que a vítima estava se relacionando com uma pessoa e que ela teria saído de casa para se encontrar com ele.

"De imediato identificamos essa pessoa e fomos até a casa dele. Chegando lá, o carro estava na parte de fora da residência, o que demonstrava que ele estava em casa. Os policiais começaram a chamar e ele não atendia. Isso aí despertou mais ainda a estranheza. Se a pessoa está em casa porque ela não atende? Então deixamos uma intimação para ele e, paralelamente a isso, começamos a analisar imagens das imediações da residência dele", conta o delegado.

O que os policiais não imaginavam é no momento em que o suspeito não atendeu a Polícia, o corpo de Roseli ainda estava na casa dele. Em seguida, ele colocou o corpo da vítima em uma caminhonete, dirigiu até uma estrada de difícil acesso em Presidente Kennedy, onde ocultou o cadáver.

Felipe Vivas destacou a importância da colaboração da população nas investigações. "Só foi possível esclarecer o crime, graças aos inúmeros estabelecimentos comerciais que compartilharam com a Polícia suas imagens de segurança".

Com base nas análises de imagens de segurança, a PC identificou que às 18h58 de domingo (17) Roseli chegou na residência do suspeito, manobrou o carro e estacionou em frente ao carro do suspeito.

Às 20h59 o veículo de Roseli deixou o local e seguiu pela Aristides Campos. Não sendo possível identificar quem estava na direção. Logo depois, um homem é visto seguindo em direção à casa do suspeito, o que levou a Polícia a concluir que, após o crime, o pecuarista saiu dirigindo o carro da vítima, abandonou próximo a Viação Itapemirim e voltou à pé para casa. 

O suspeito responderá por homicídio doloso e ocultação de cadáver. O corpo de Roseli permanece o SML de Cachoeiro de Itapemirim. A Polícia acredita que será necessário um exame de DNA para identificação, devido o avançado estado de decomposição em que foi encontrado. Perícias serão realizadas na casa, no carro e na arma do pecuarista.

 

 

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