PRF reprime, mas cigarro contrabandeado segue invadindo o Espírito Santo - Jornal Fato
Polícia

PRF reprime, mas cigarro contrabandeado segue invadindo o Espírito Santo

Em 2023, cerca de 18 milhões de cigarros já foram apreendidos.


- Foto Divulgação/PRF-ES

Ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) têm resultado em apreensões constantes no ES de cigarro contrabandeados do Paraguai. Segundo levantamentos da polícia, quase 60 milhões de cigarros foram apreendidos de 2021 a abril de 2023 em rodovias federais capixabas.

O resultado é fruto de trabalho intenso de fiscalização em veículos transportadores de carga, mas se estima ser pequena parcela da carga ilegal que entra no Estado, já que estudos demonstram que 70% do cigarro consumido no País é vendido ilegalmente que os cigarros paraguaios respondem por 57% do consumo brasileiro. As cargas apreendidas no ES são originárias do Paraguai, de onde seguem para cidades de Minas Gerais e de lá são transportadas juntamente com outros tipos de carga, para enganar as fiscalizações da polícia, da fazenda e da saúde pública, com destino aos maiores centros no Estado, como Grande Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Guarapari e outros.

Os transportadores de cigarro percorrem cerca de 2 mil Km para chegar no ES, desviando de fiscalização, em operações com transporte em rios, ruas, avenidas e rodovias. 

Para coibir a entrada dos produtos no estado, a PRF tem atuado de forma integrada, em ações de inteligência e de abordagens, com polícias Civil, Militar e Federal. As rotas nas rodovias BR 259 e 262, até então principais entradas no ES, estão sendo substituídas por vias de menores fluxos, não asfaltadas e com menos fiscalização. A BR 101, que seria a melhor via, foi substituída pelas rodovias que ligam o Espírito Santo a Minas Gerais.

Os produtos ilegais são comprados no Paraguai devido a vantagem econômica. Esse fator ficou prejudicado durante os períodos da crise sanitária, a pandemia de covid-19, com a alta do dólar, fazendo reduzir a oferta e o espaço do contrabando de cigarro no mercado brasileiro. 

Comentários