A Polícia Civil de Cachoeiro de Itapemirim, através da DHPP, encerrou o inquérito sobre o asassinato de Roseli Valiate Farias, 47 anos, morta por seu namorado, o pecuarista Alexandre Vaz Nunes, de forma fria e cruel, enquanto ela estava em sua residência. 

Ao confessar o crime, Alexandre contou que convidou a vítima para assistir um jogo do flamengo, no domingo (17/10). Durante o jogo ela adormeceu e, neste momento, o pecuarista pegou uma das armas que tinha em casa e atirou, à queima roupa, na cabeça de Roseli.

O corpo de Roseli foi encontrado na quarta-feira seguinte ao seu desaparecimento (20/10), em uma região de areia entre Presidente Kenendy e a divisa com o Estado do Rio de Janeiro, enterrada em uma cova rasa. Foi o próprio Alexandre que levou a vendedora em sua picape até o local. 

Entre as relevações que foram descobertas pela investigação da Polícia Civil, sob o comando do delegado Felipe Vivas, arquivos com milhares de fotos e vídeos de mulheres que ele conheceu pela internet, tudo arquivado em pendrives, meticulosamente organizado. 

De acordo com o Delegado Felipe Vivas, Alexandre Vaz Nunes foi indiciado por assassinato por motivo torpe, (Roseli teria descoberto a traição dele e cobrado respostas), utilizando ainda recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido (ela foi morta enquanto dormia), e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, configurando feminicídio. Essas são questões qualificadoras.

Ele também está indiciado pelos crimes de ocultação de cadáver, e posse irregular de munição.

O inquérito foi enviado para a Justiça, pedindo a prisão preventiva de Alexandre Vaz Nunes, que já está preso, porem em forma temporária, o que o Juiz deve acatar. Segue também agora a espera do Ministério Público participar das fases do inquérito, para o rito processual, podendo o réu ir a Juri Popular. Se condenado poderá chegar até a 35 anos de prisão. 

O QUE DIZ A FAMÍLIA DE ROSELI?

De acordo com o Advogado da Família de Roseli Valiate Farias, Dr. Diego Rocha, "os familiares estavam na expectativa, aguardando a finalização do excelente trabalho desenvolvido até aqui pela Polícia Civil e agora acompanhará de perto e junto ao Ministério Público o processamento dos fatos", disse ao FATO.

A acusação ratifica ainda que jamais pretendeu qualquer tipo de retaliação ou vingança, mas que lutará com todas as forças para que a Justiça seja feita e o império da lei prevaleça neste caso.

"Conclamamos a todas as outras possíveis vítimas que também tenham enganadas por Alexandre, que procure a Polícia, ainda que anonimamente, e exponha outros fatos que talvez ainda não tenham sido apurados", finalizou Dr. Diego Rocha.