Briga entre vizinhos motivou morte de músico baleado por PM, diz PC - Jornal Fato
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Briga entre vizinhos motivou morte de músico baleado por PM, diz PC

A informação foi confirmada pelo titular da Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, responsável pelo caso.


- Foto: Montagem/ Divulgação Polícia Civil e Redes Sociais.

Uma discussão entre vizinhos foi o motivo da morte do músico Guilherme Rocha, de 37 anos. Ele foi baleado pelo policial militar Lucas Torrezani de Oliveira, de 28 anos, na madrugada dessa segunda-feira (17), no bairro Jardim Camburi, em Vitória. A informação foi divulgada pelo titular da Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, responsável pelo caso.

O policial militar foi preso, na noite desta segunda-feira (17), pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da DHPP de Vitória, com o apoio da Central de Teleflagrante, no bairro Barro Vermelho, em Vitória, em cumprimento ao mandado de prisão temporária expedido pelo plantão Judiciário da 1ª Região.

Durante a madrugada de segunda-feira, o policial militar, autor do disparo, chegou a ser encaminhado por uma equipe policial para a 1ª Delegacia Regional de Vitória, mas não ficou detido. A PC informou que ele foi ouvido pela autoridade policial, que entendeu, pelas oitivas, que não haviam elementos suficientes para lavrar o auto de prisão em flagrante. Por isso, naquele momento, o policial militar foi liberado e a arma ficou apreendida.

Contudo, no decorrer do dia, a DHPP de Vitória foi acionada e deu início às diligências no local do crime, onde foram arrecadados novos elementos que demonstram que o militar, suspeito de ser o autor do crime, não agiu em legítima defesa. Imediatamente, a Polícia Civil fez o pedido de prisão temporária do suspeito pelo crime de homicídio qualificado.

"As filmagens obtidas retratam que o militar executou a vítima, após uma discussão entre os envolvidos. Diante dos novos elementos obtidos, com o apoio do delegado Gabriel Lanna, da Central de Teleflagrante, o Plantão Judiciário da 1ª Região representou pela prisão temporária do militar" disse o delegado Marcelo Cavalcanti.

Ainda de acordo com o delegado, posteriormente, foi feito contato com o advogado de defesa do policial militar, tendo esse se apresentado de forma voluntária, sendo, então, dado cumprimento ao mandado de prisão temporária expedido. "Ressalta-se que o autor do crime ainda não prestou esclarecimentos, sendo que seu interrogatório será realizado em momento posterior", pontuou Cavalcanti.

Após os procedimentos de praxe, Lucas Torrezani de Oliveira foi encaminhado ao presídio Militar, no Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar, onde permanece à disposição da Justiça.

Posicionamento da Polícia Militar

Após o ocorrido, a Polícia Militar (PM) informou, em nota, que na madrugada desta segunda-feira (17), policiais militares foram acionados para verificar uma ocorrência de disparo de arma de fogo em um condomínio no bairro Jardim Camburi, Vitória. No local, a síndica relatou que a vítima estava em óbito.

O policial militar, Lucas Torrezani de Oliveira, morador do condomínio, se apresentou como autor do disparo e entregou o armamento. Ele relatou que estava próximo à porta de entrada do bloco no qual a vítima residia e que esta avançou contra o PM para tentar desarmá-lo, momento que o policial efetuou um disparo contra o homem, levando-o a óbito ainda no local. O PM informou que ligou para o Ciodes para informar o fato e também acionou o SAMU.

A arma do militar ficou sob a responsabilidade da Polícia Civil, sendo entregue na 1ª Delegacia Regional juntamente com três carregadores, local para onde foi levado o militar.

A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) informou que, por meio de sua Corregedoria, está acompanhando as apurações da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória. As providências administrativas pertinentes na esfera militar serão adotadas.

 

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