Assaltante é morto por delegado do ES durante tentativa de assalto em SP - Jornal Fato
Polícia

Assaltante é morto por delegado do ES durante tentativa de assalto em SP

Ao relembrar o ocorrido, o delegado conclui que não teve escolha.


- Foto: Reprodução.

Um homem, identificado como Matheus Alencar Alves Ribeiro, de 25 anos, morreu ao tentar assaltar um delegado de polícia do ES, Peterson Gimenis dos Santos, de 39 anos, em Campinas-SP, na tarde deste domingo (26). Imagens de segurança mostram o momento que em que o assaltante corre em direção ao delegado e invade a residência.

O delegado, vítima do assalto, conta que estava na rua, carregando uma mala para o carro, quando foi surpreendido por um indivíduo correndo em sua direção e dizendo "Perdeu! Fica! Fica!".

"Quando eu vi isso, já pensei imediatamente em correr até minha arma, que estava na cozinha. Saí correndo e ele acabou vindo atrás de mim, entrando dentro da casa", conta o delegado Peterson. Ele conta ainda que ao conseguir chegar até a arma, se abaixou atrás de um balcão para realizar o carregamento. "Enquanto eu fazia isso, ele conseguiu chegar até a cozinha apontar a arma pra dois amigos meus. Quando eu levantei já sabia que ele estava ali, porque ele verbalizou alguma coisa, ele apontou a arma pra mim e eu não tive tempo pra nada. Só tive que efetuar os disparos. Porque nesse mesmo tempo ele também tentou efetuar disparos", completou.

Ao relembrar o ocorrido, o delegado conclui que não teve escolha. "Foi muito rápido, tudo simultâneo, tinha que pensar várias coisas ao mesmo tempo. O que fazer, como fazer... Dá a voz de abordagem era impossível, pela distância e pelo fato dele já está apontando uma arma de fogo carregada em minha direção. Foi um livramento mesmo, uma salvação. Ainda bem que eu estava aqui, porque ele poderia ter tirado a vida de outras pessoas".

Em seu depoimento na Delegacia o delegado afirmou que efetuou disparos suficientes para cessar a injusta agressão perpetrada pelo assaltante e quando encerrou os atos de defesa, ele estava morto.

Após efetuar os disparos, a Polícia Militar e o socorro médico foram acionados, assim como a perícia local. Uma pistola Bereta .380 (do assaltante) e uma pistola Glock 9mm (do delegado), utilizadas na ação foram apreendidas, bem como o telefone celular do assaltante.

Segundo consta apuração preliminar da Polícia Civil, o criminoso tinha passagens diversas na Polícia.

Legítima defesa

O delegado de plantão, que atendeu a ocorrência em Campinas, concluiu que "a atualidade da agressão está clara, pois o agressor apontava uma arma para a vítima/autor e sua família quando foi repelido. Igualmente, ao menos em princípio, foram utilizados os meios necessários de forma moderada, já que o delegado de Polícia utilizou a sua arma de fogo, devidamente cadastrada nos órgãos competentes, para afastar a agressão promovida por outra arma de fogo. No que tange à moderação, em análise preliminar, depreende-se que somente foram efetuados disparos necessários para cessar a ameaça, entretanto tal ponto será esclarecido com mais minudencias quando da juntada dos competentes laudos de local e de necropsia".

Prudência

O presidente da ADEPOL-ES, Rodolfo Queiroz Laterza, acompanha o caso e afirma que o delegado agiu com prudência. "Agiu em legítima defesa. O criminoso estava armado com uma pistola municiada, adentrando na residência com iminência de alvejar alguém. Repeliu agressão injusta, atual e para proteger a vida própria e de terceiros, conforme define a legislação penal. E foi tão prudente que acionou a Policia Militar, a perícia e nos telefonou pedindo orientações de como proceder na forma correta", declarou Laterza.

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