Doação de órgãos em debate - Jornal Fato
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Doação de órgãos em debate


Na próxima terça-feira se comemora o Dia Nacional da Doação de Ã"rgãos e Tecidos. A importante data está em evidência neste mês em Cachoeiro no hospital Santa Casa de Misericórdia.

A instituição é referência no desenvolvimento de ações de incentivo à captação e doação de órgãos no sul do Estado.

Hoje, a partir das 19h00, no auditório do hospital, o assunto será abordado no III Encontro de Conscientização para Doação de Ã"rgãos. O objetivo é divulgar o panorama da situação de doações no Estado e no município e contribuir para a redução da fila de pacientes que aguardam por um transplante de órgão ou tecido.

Ã? o que conta a coordenadora da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Ã"rgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott), Hilda Gonçalves Azeredo. A palestra é aberta ao público.

Doação

"No município, a maior fila à espera de uma doação é a de crônicos renais. São quase 30 máquinas de hemodiálise, funcionando em três turnos diariamente"?, conta a coordenadora do Cihdott.

O trabalho da instituição na captação de órgãos começou em 1996. "Desde sua implantação, dos 96 casos para captação de protocolos abertos, 56 foram realizados - uma média de 10 por ano"?, enumera Hilda.

Segundo ela, a equipe já realizou a captação de órgãos como pâncreas, coração, fígado e rins. O objetivo da comissão agora é buscar capacitação para captar córneas e contribuir para os índices no ranking no país, uma vez que recentemente o Estado zerou sua fila de transplantes de córnea.

Hilda explica que o processo para doação hoje é bem mais simples. "Após a morte encefálica (baseada na ausência de todas as funções neurológicas), entramos em contato com a família. Em caso positivo, a Central de Notificações em Vitória é comunicada, para dar entrada nos procedimentos. O processo é integrado com Brasília"?, diz a coordenadora.

Para ela, é fundamental o diálogo com a família e a conscientização das pessoas sobre o assunto para salvar vidas. O Estado ocupa um dos primeiros lugares em número de doações, chegando a aproximadamente 17 doadores (por milhão de pessoa). O índice está acima da média nacional, que é de aproximadamente 11 doadores para cada milhão.

Programação

O coordenador da Associação Pró Vidas, Adauto Vieira, será um dos palestrantes. Em 2001, ele descobriu que era portador de hepatite C e entrou na fila de transplantes de fígado em 2005. Sua posição na fila era a de nº 687. Seu médico, na época, relatou que faziam, em média, 70 transplantes por ano. Adauto, então, iniciou uma luta pela vida que resultou em um transplante no Estado.

Além dele, o médico Rodrigo Amador, Coordenador do Banco de Olhos do Hospital Evangélico de Vila Velha, também participa do evento, que contará com a presença de pacientes em fila de espera e familiares que realizaram doação de órgãos pelo hospital Santa Casa nos últimos anos. Para participar basta se inscrever gratuitamente pelo telefone: (28) 2101-2148.

 

Beatriz Caliman

 

 

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