Confúcio confuso, alma repartida - Jornal Fato
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Confúcio confuso, alma repartida


"Não faças aos outros, o que não queres que façam a ti"?.

Essa frase ficou embocada por horas no pensamento de um rapaz que não conseguia entender a lógica do retorno. Sentia-se livre, mas estava impossibilitado de amar tão profundamente como na primeira vez. Algo dentro dele estava faltando, era como está inteiro se sentindo metade. No fundo, queria doar-se cair de cabeça em um amor verdadeiro e recíproco, mas toda vez que tentava, voltava frustrado pelas desventuras do fracasso.

Foi então que em um livro oriental, encontrou a resposta que se encaixaria ao seu questionamento. Descobriu que na gênese do primeiro amor, acontece o processo de mergulho na complexibilidade desse sentimento, que alcança o grau máximo de pureza, sensação de "pra sempre"?, permitindo dessa forma que parte da alma, essência, se reparta. Assim, na viagem de volta ao corpo, apenas metade retorna, restando apenas à confiança no outro de guardar parte de você.

Todavia, quando esses laços afetivos se desfazem, a sensação é uma das mais terríveis, justamente porque parte de você se encontra em alguém que por circunstâncias diversas não está mais do seu lado. Assim, parte de sua alma está presa ao outro alguém, e te chama, quer juntar-se novamente.

Talvez Confúcio nunca mais recupere, mas agora ele entende que a falta que ele sentia, não era da pessoa, mas de sua parte que com ela está, e mais quando a outra pensa nas noites frias em querer voltar atrás, não é a vontade dela, mas da alma de Confúcio pedindo libertação.

 

Davi Sammy

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