Prefeitura suspende contrato com empresa de serviço de portaria - Jornal Fato
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Prefeitura suspende contrato com empresa de serviço de portaria

A prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim não vai mais trabalhar com a Serdel Serviços e Conservação


A prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim não vai mais trabalhar com a Serdel Serviços e Conservação, empresa que prestaria serviços de portaria e vigilância no município. Cerca de R$ 8 milhões seriam pagos pelo trabalho.

A Serdel é um dos alvos da Operação Assepsia, que investiga empresas de terem praticado fraudes em processos licitatórios no Espírito Santo. A organização realizou no dia 3 deste mês entrevistas em Cachoeiro para contratação de vigia escolar. Cento e quarenta e seis trabalhadores já haviam feito os exames de admissão para atuarem em escolas e outros setores do municípios e estavam prontos para começarem o serviço.

A reportagem falou com a assessoria da prefeitura, que informou que, devido ao feriadão da Páscoa, enviará detalhes da suspensão do contrato na segunda-feira (22).

 

A operação

A Operação Assepsia, movida pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), investiga a existência de um cartel para desfazer a competitividade de licitações públicas. Cerca de 14 empresários, entre eles um vereador da Serra, foram denunciados.

Também foi apresentada, simultaneamente, ação civil pública com base na Lei Anticorrupção contra 10 empresas por envolvimento no esquema ilícito investigado na Operação Assepsia.

De acordo com a investigação do Gaeco-MPES, entre 2013 e 2018 o grupo venceu procedimentos licitatórios fraudulentos que, somados, geraram contratos no valor de R$ 288.541.571,69 na Secretaria Estadual de Educação (Sedu) e nos municípios de Serra, Cariacica, Vitória, Barra de São Francisco e Marechal Floriano.

Nas ações, além do pedido liminar de indisponibilidade dos bens dos denunciados, o MPES requereu a condenação solidária deles por danos materiais e morais coletivos no valor total de R$ 865.624.715,07. A 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual determinou o bloqueio dos bens das empresas nesse valor em 20 de fevereiro. A denúncia criminal segue tramitando em sigilo.

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