Moradores priorizam o trânsito e a Saúde
por Ailton Weller - [email protected]
A comunidade do bairro São Francisco de Assis (antigo KM 90, como é popularmente conhecido até hoje, inclusive ocupando os letreiros de itinerários dos ônibus urbanos) nasceu da ocupação de terrenos desmembrados de antigas fazendas e sítios que existiam até meados dos anos 1960. A partir de 1989, com a criação de uma associação de moradores, e já experimentando o início do processo de urbanização, o entorno da igreja do padroeiro São Francisco de Assis ganhou construções em série que se misturam aos casarios do final do século passado, algumas em perfeito estado de conservação e preservadas pelos herdeiros.
Esse é o caso de Santina Passoni, 78 anos, filha de um dos fundadores da comunidade, o fazendeiro Santo Passoni, que dá nome a mais antiga rua da comunidade, criada pela Lei 587, de 1958, aprovada pela Câmara de Vereadores. "A nossa casa foi a primeira construção de alvenaria que hoje fica às margens da Linha Vermelha. Com o loteamento das propriedades que se estendiam desde onde hoje é o bairro IBC até o Zumbi, muitas famílias, principalmente as de menor poder aquisitivo construíram suas moradias e o bairro foi se ampliando e ainda com o nome de KM 90. Só como exemplo, a avenida Jones dos Santos Neves começou a ser asfaltada no final da década de 60 e a pavimentação asfáltica, num primeiro momento terminava em frente à minha casa. Só após alguns anos, o serviço foi concluído até o bairro BNH", lembra.
"Hoje, o que mais necessitamos na comunidade é uma unidade de saúde, pois temos que procurar atendimento no bairro Zumbi, e uma intervenção que controle o excesso de velocidade dos veículos pela via expressa da Linha Vermelha. Os acidentes são constantes e isso precisa pelo menos diminuir", reclama.
O comerciante João Carlos Possabom, morador do São Francisco há 30 anos, também aponta para a necessidade de redutores de velocidade ao longo da pista que corta lateralmente o bairro e lembra ter presenciado inúmeros acidentes desde que foi criada a pista que substituiu as composições da linha férrea que fazia a linha Cachoeiro-Rio de Janeiro. "Nossa comunidade é muito unida, casos de violência urbana são raros, mas se tivéssemos melhorias no tráfego de veículos e uma unidade de atendimento a saúde seria ainda melhor", aponta.
Bairro em números
População - 3.930 habitantes (conforme o censo demográfico de 2012)
Limites: O bairro é margeado pela Avenida Jones dos Santos Neves, esta que por sua vez possibilita acesso ao mesmo através das ruas: Pedro Calegari, Júlio Romanelli e a Castorina Passoni. A Avenida José Félix Cheim (Linha Vermelha) corta o bairro, seguindo paralela à avenida acima citada. A ligação com o bairro Zumbi ocorre através da rua Projetada 16.
Aspectos Religiosos
A comunidade local conta com a presença de dois templos de grande porte da Igreja Católica e uma diversidade de templos Evangélicos.
Infraestrutura
Total de ruas - 53 vias
Ruas pavimentadas - aproximadamente 30
Saneamento - (água e esgoto):
Quantitativo - 1195 ligações
Residencial - 1146
Comercial -46
Pública - 03
Economia
Domicílios que pagam IPTU - 565
Residencial - 537
Comercial - 27
Industrial - 01
Tipos de Comércio
Padarias: 4
Açougues: 2
Lanchonetes: 4
Supermercados: 1
Mercadinhos: 2
Lojas de confecção: 4
Oficinas de reparos: 11