Presente em todos os 78 municípios do estado, o cooperativismo capixaba tem demonstrado, ano após ano, uma crescente capacidade de contribuir para o desenvolvimento sustentável tanto nas cidades quanto no campo.

Esse movimento gera renda e emprego, aumenta a produtividade e promove as melhores práticas de gestão, tudo isso com uma atuação orientada por princípios que visam melhorar a qualidade de vida de todos os envolvidos.

O cooperativismo é um movimento que promove a colaboração e a ajuda mútua entre indivíduos com objetivos comuns. Baseado em sete princípios fundamentais, ele busca criar um modelo econômico mais justo e sustentável. Esses princípios orientam as ações e operações de cooperativas ao redor do mundo, fortalecendo a participação democrática e o desenvolvimento comunitário.

Os sete princípios do cooperativismo são a base de um modelo econômico que prioriza a justiça social, a democracia e o desenvolvimento sustentável. Ao aderir a esses princípios, as cooperativas promovem um sistema mais equitativo e solidário, oferecendo uma alternativa viável e eficaz aos modelos tradicionais de negócios. Ao conhecer e aplicar esses princípios, indivíduos e comunidades podem trabalhar juntos para construir um futuro mais justo e próspero para todos.

 

1. ADESÃO VOLUNTÁRIA E LIVRE

O primeiro princípio estabelece que as cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas capazes de utilizar seus serviços e dispostas a assumir as responsabilidades de membros, sem discriminação de gênero, social, racial, política ou religiosa. Este princípio garante que qualquer pessoa, independentemente de suas circunstâncias, pode se tornar membro de uma cooperativa, promovendo a inclusão e a diversidade.

 

2. GESTÃO DEMOCRÁTICA PELOS MEMBROS

As cooperativas são organizações democráticas controladas por seus membros, que participam ativamente na formulação de suas políticas e na tomada de decisões. Os membros eleitos são responsáveis perante a comunidade. Este princípio assegura que cada membro tenha voz nas decisões da cooperativa, independentemente do seu nível de investimento ou participação econômica.

 

3. PARTICIPAÇÃO ECONÔMICA DOS MEMBROS

Os membros contribuem equitativamente para o capital de suas cooperativas e controlam-no democraticamente. Pelo menos uma parte desse capital é propriedade comum da cooperativa. Os membros geralmente recebem uma compensação limitada, se houver, sobre o capital subscrito como condição de associação. Este princípio promove a equidade econômica e assegura que os benefícios financeiros sejam compartilhados entre todos os membros.

 

4. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA

As cooperativas são organizações autônomas, de autoajuda, controladas por seus membros. Se entrarem em acordos com outras organizações, incluindo governos, ou levantarem capital de fontes externas, devem fazê-lo em termos que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham sua autonomia cooperativa. Este princípio reforça a importância da independência e da autossuficiência das cooperativas.

 

5. EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

As cooperativas proporcionam educação e formação para seus membros, representantes eleitos, gerentes e empregados, para que possam contribuir efetivamente para o desenvolvimento das cooperativas. Elas informam o público em geral - particularmente os jovens e os líderes de opinião - sobre a natureza e os benefícios da cooperação. Este princípio garante que todos os envolvidos estejam bem informados e preparados para contribuir para o sucesso da cooperativa.

 

6. INTERCOOPERAÇÃO

As cooperativas servem de maneira mais eficaz aos seus membros e fortalecem o movimento cooperativo trabalhando juntas em estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais. Este princípio promove a solidariedade e a cooperação entre cooperativas, ampliando seus recursos e capacidades.

 

7. INTERESSE PELA COMUNIDADE

As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades através de políticas aprovadas por seus membros. Este princípio assegura que as cooperativas estejam comprometidas com o bem-estar social, econômico e ambiental das comunidades em que operam, contribuindo para um desenvolvimento mais justo e equilibrado.