Retorno integral às aulas presenciais preocupa sindicato dos professores - Jornal Fato
Educação

Retorno integral às aulas presenciais preocupa sindicato dos professores

Entretanto, de acordo com a assessora pedagógica da Superintendência de Educação em Cachoeiro de Itapemirim, Patrícia Sabadini, as escolas da rede estadual estão preparadas para o retorno integral das aulas presenciais.


- Foto: Márcia Leal

O fim das aulas remotas e o retorno de todos os alunos às atividades presenciais foi determinação do Governo do Estado, válida desde a última segunda-feira. Na prática, nesta primeira semana, apenas as escolas públicas retornaram, já que as particulares aproveitaram o período que compreende os feriados de Nossa Senhora da Penha (12) e Dia do Professor (15) para entrar em recesso.

Apesar de já em vigor, a medida é polêmica e enfrente resistência do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), que a considera "tomada de forma arbitrária e sem qualquer diálogo com os representantes dos trabalhadores da educação".
Em nota, a entidade considera que há alto risco de contaminação e aumento de óbitos, principalmente levando-se em conta a presença da variante delta - do novo coronavírus- no estado.

"O Sindiupes defende a manutenção do ensino híbrido, com a realização de rodízios nas turmas, pois entende que esse é o melhor meio para impedir novas ondas da pandemia e garantir a saúde e a segurança sanitária para profissionais e toda a comunidade escolar", diz trecho da nota oficial.

 

Desinfecção das escolas estaduais

Entretanto, de acordo com a assessora pedagógica da Superintendência de Educação em Cachoeiro de Itapemirim, Patrícia Sabadini, as escolas da rede estadual estão preparadas para o retorno integral das aulas presenciais.
"Apenas três escolas não conseguiram cumprir o distanciamento de 1,20m em salas de aula, mas elas se reinventaram, adequando melhor os espaços como auditório e laboratório, além dos protocolos como o uso de máscara, álcool em gel e ainda a sanitização dos ambientes para esse retorno obrigatório", detalha Patrícia.

CONFIRA A DESINFECÇÃO NAS ESCOLAS ESTADUAIS

Segundo ela, 99% dos professores já tomaram as duas doses da vacina contra a covid-19 e já retornou às salas de aula ou demais atividades. O restante são os que ainda apresentam comorbidades, com laudos e estão amparados. "Também tivemos que contratar profissionais para não deixar os alunos prejudicados", explicou a Assessora Pedagógica.

Lediana Guioto, mãe de Gabrielly, revela que todas as recomendações já foram passadas para a filha. Ela acredita que essa seja a melhor forma de prevenir: ensinando e explicando. Gabrielly, como grande parte dos alunos da sua faixa etária (de 10 a 14 anos), já tomou a primeira dose da vacina contra covid-19. "Estamos tranquilos quanto ao seu retorno presencial: ela usa máscara, certinho, conforme ensinamos", garante Lediana.

Gabrielly Guioto: já preparada para se proteger contra a covid-19

 

Relação Pais X Professores

Para Lediana Guioto, mãe de Gabrielly, todas as recomendações já foram passadas para a filha. Ela acredita que essa seja a melhor forma de prevenir: ensinando e explicando. Gabrielly, como grande parte dos alunos da sua faixa etária (de 10 a 14 anos) já tomaram a primeira dose da vacina contra covid-19. 

"Estamos tranquilos quanto ao seu retorno presencial: ela usa máscara, certinho, conforme ensinamos", garante Lediana.

E a escola também precisa se preparar para esse momento, alterando a tecnologia e o aprendizado cognitivo de forma equilibrada na sala de aula e em casa os pais precisam ser mais participativos: "Temos uma geração que brincou na rua, aprendeu a desenvolver suas capacidades cognitivas que influenciarão toda a sua vida. Ficar só no celular ou computador limita esse desenvolvimento", explica Naiara Maria Batista, Psicóloga e especialista em desenvolvimento infantil.

 

E se por um lado os desafios são grandes, por outro é preciso "Não se cobrar muito", alerta Naiara: "Se a criança não foi alfabetizada no ano passado, será esse ano ou no outro e está tudo bem. Cada um tem um tempo de aprendizado, foi um desafio para a humanidade. É perfeitamente normal ter dificuldades", reforça a psicóloga.

 

Psicóloga Naiara Maria, especialista em desenvolvimento infantil

Porém é preciso que os pais e professores compreendam a hora certa de buscar uma terapia e orientação com profissionais da psicologia: "Com 9 anos a criança já tem capacidade de fazer leituras de frases e textos. Com 7 anos pode ter alguma dificuldade. A pergunta é: com 9 anos minha criança consegue fazer essa leitura? É preciso observar as dificuldades, que na maioria são normais. Se forem muito acentuadas é um alerta", ensina Naiara.

 

O outro lado

O SINDIUPES (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo) é totalmente contrário à decisão do governo do Estado que determinou a retomada das aulas presenciais obrigatórias e sem rodízio nas escolas estaduais a partir de 11 de outubro.

De acordo com o SINDIUPES, trata-se de uma medida tomada de forma arbitrária e sem qualquer diálogo com os representantes dos trabalhadores da educação.

Em nota, a entidade considera que há alto risco de contaminação e aumento de óbitos, principalmente levando-se em conta a presença da variante delta no estado.

"Nesse sentido, SINDIUPES defende a manutenção do ensino híbrido, com a realização de rodízios nas turmas, pois entende que esse é o melhor meio para impedir novas ondas da pandemia e garantir a saúde e a segurança sanitária para profissionais e toda a comunidade escolar", diz trecho da nota oficial.

 

 

 

 

 

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