Cachoeiro estagna na geração de empregos, mas tem boa projeção para 2021 - Jornal Fato
Economia

Cachoeiro estagna na geração de empregos, mas tem boa projeção para 2021

Município encerrou 2020 com 30 empregos a menos do que começou, mas chegada de novos empreendimentos deve mudar o quadro ao longo deste ano


Chegada de empreendimentos como a fábrica de papel da Suzano é animadora

Cacheiro terminou 2020 com o saldo negativo na geração de empregos. O ano fechou com 30 desempregados a mais do que iniciou. No período, foram 13.329 admissões e 13.359 demissões. Os números constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, divulgado ontem (28).  A expectativa, no entanto, é de um 2021 bem melhor, com a chegada de novos empreendimentos.


O setor de serviços, com 438 empregos formais a menos foi o que mais contribuiu para a ampliação do desemprego. Além desse, apenas a agropecuária mais demitiu do que contratou, com a exclusão de três trabalhadores.


RESULTADO DE CACHOEIRO NO ANO DE 2020 POR SETORES

Fonte: novo Caged


Embora seja uma pequena queda na empregabilidade geral (-0,07%), interrompe o que se imaginava poder ser um período de retomada. Em 2019, Cachoeiro conseguiu gerar mais de 700 empregos, após cinco anos de quedas somadas que atingiram mais de 7 mil vagas.

O novo revés, em 2020, se consolidou em dezembro, quando os desligamentos foram 110 a mais do que contratações. O município tinha, no total, ao fechamento do ano, 40.146 pessoas empregadas.

 

O quadro é diferente do que ocorreu no Brasil, que gerou mais de 142 mil empregos formais, o que representa uma variação de 0,37% , e do Espírito Santo, com o saldo de 6.812, o que representa crescimento de 0,93%.

 

No entanto, não se pode desconsiderar que além da pandemia, Cachoeiro enfrentou também a maior enchente de sua história no ano passado, que atingiu boa parte dos negócios instalados na região central da cidade. Alguns jamais reabriram.

EMPREENDIMENTOS

De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Francisco Montovanelli (foto), embora tenhamos fechado o 2020 com um déficit no saldo de empregabilidade, as expectativas para este ano são bastante otimistas.

"Para o final de fevereiro, nós teremos a inauguração da Suzano, que no pico de produção gerará 200 empregos. Para junho, temos a abertura de mais uma unidade do HiperPerim, com vagas de emprego, sendo 180 diretos e 350 indiretos. A Rede de lojas Riachuelo também vai iniciar o funcionamento, em breve, no Shopping Sul, com aproximadamente 80 vagas. Além disso, temos a empresa Multipel que iniciou as obras de terraplanagem para construção de galpões e indústria de sacolas com 40 vagas, e ainda a prospecção da Havan para se instalar em Cachoeiro, bem como o início das obras do Porto Central, em Presidente Kennedy, que demandará mão de obra e serviços de Cachoeiro", enumera.

BRASIL


O Brasil fechou o ano de 2020 com a geração de 142.690 postos de trabalho. "A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB [Produto Interno Bruno - soma de todos os bens e serviços] caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva virtual de divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).


Para ele, o Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm), criado pelo governo federal durante a pandemia de covid-19, é um dos responsáveis pelo resultado, já que evitou a demissão de cerca de 10 milhões de pessoas durante o ano passado.


Pelo programa, empregadores e funcionários fizeram acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos. Como contrapartida, o governo pagou, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), uma porcentagem do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido.

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